Escuteiros desafiados a encontrar «soluções»
O presidente do Comité Mundial da Organização Mundial do Movimento Escutista desafiou os 35 mil participantes no Jamboree no Japão a encontrarem «soluções para desafios» universais como «a pobreza, as mudanças climáticas, a falta de educação».
«Quando nos encontramos num Jamboree descobrimos a necessidade de trabalharmos juntos para encontrarmos soluções para os desafios que nos afectam a todos, como a pobreza, as mudanças climáticas, a falta de educação, e muitos outros», disse João Armando Gonçalves na abertura do evento.
O responsável mundial, de nacionalidade portuguesa, destacou que o Jamboree é também uma «oportunidade» de estarem «mais atentos aos desafios» e a explorarem a forma de poderem contribuir para os ultrapassarem nas respectivas «comunidades e no mundo». «Isto, sim, é criar um Mundo Novo», frisou.
«Como vocês, sinto-me privilegiado por estar aqui a viver esta oportunidade rara. Estamos num campo no Japão, mas é como se o mundo todo estivesse aqui, a viver connosco», acentuou aos 35 mil escuteiros, de mais de 150 países e territórios, que até amanhã têm como objectivo a partilha, o convívio e a troca de experiências e vivências no Jamboree.
Foi com as palavras de ordem – “Vamos começar!” – do chefe de campo que o 23º Jamboree, acampamento mundial de escuteiros, iniciou no dia 28 de Julho em Yamaguchi.
«Se puderem, tentem encontrar os escuteiros japoneses que estiveram a ajudar na reconstrução depois do tsunami. Apesar de todos os seus trabalhos, ainda arranjaram forças para virem ao Jamboree e penso que podem aprender muito com eles», assinalou Takayasu Okushima, que incentivou os participantes a viverem sob o lema da unidade.
A chefe do contingente português comentou que o ambiente de abertura do Jamborre «estava fantástico, sentia-se no ar a antecipação e a energia».
«Não interessa a língua que se fala pois aqui estamos todos em comunhão com algo que nos une – os princípios e ideais do escutismo», declarou Ana Ferreira.
Os 435 escuteiros católicos lusos que estão no Japão formam o maior contingente português de sempre num acampamento mundial fora da Europa.
O imaginário deste acampamento está subordinado ao tema “Um Espírito de Unidade”. O Jamboree Mundial realiza-se de quatro em quatro anos, sendo que os escuteiros devem ter entre 13 e 17 anos e apenas podem participar uma vez; depois só podem participar como voluntários.
O presidente do Comité Mundial da Organização Mundial do Movimento Escutista incentivou ainda que nos dias que faltam os participantes façam o seu «melhor para estarem abertos aos outros, que tentam uma nova experiência, que aprendam algo novo, que façam um novo amigo, que partilhem uma ideia, que descubram um país novo».
In ECCLESIA