Em 1885 foi dado o primeiro dos passos para a elaboração desta agenda. O trabalho desenvolvido por Lewis Henry Morgan e continuado por Friedrich Engels foi muito bem tematizado. Primeiro, colocar em questão o valor da família como estrutura privada e capaz de formar a consciência da pessoa. Tanto um como o outro criaram um modelo no qual as pessoas dentro da família não tivessem nenhum tipo de relação, porque eliminando as relações familiares também se destrói-se o conceito de pessoa.
O segundo passo foi dado em 1968, Robert Stoller define e especifica a necessidade de fortalecer o conceito e a definição do termo género, em detrimento da definição do termo sexo. Segundo Stoller, utilizar o termo sexo masculino e feminino constituía uma séria problemática para a identidade sexual do próprio individuo, pelo que deveria ser substituído pelo termo género.
Em 1975, Elisabeth Clarke e Simone de Beauvoir surgem como as maiores promotoras do feminismo ocidental, no qual a ideologia de género e o aparecimento de um novo sexo atrai a atenção sobre a situação que se vivia desde os alvores do Século XX quando, em Nova Iorque, um grupo de mulheres decidiu manifestaram-se nas ruas exigindo o direito ao sufrágio. Este movimento ficou conhecido como “Feminismo Ideológico”.
Desde 1999 iniciámos um quarto momento, que é aquele no qual nos encontramos. Diante da situação vivida pelos suposto apelativos do género e pelos novos movimentos sexuais no Século XXI, tornou-se mais relevante o processo educativo nas escolas em que países como Holanda, Bélgica e Suécia começaram a implementar.
Este quarto ponto da agenda pretende criar um sistema pedagógico dentro do qual um dos passos seja permitir que a pessoa não se sinta reconhecida na sua natureza e que com o passar do tempo ela mesma possa descobrir qual é o seu estado natural, e então “decidir” se é homem ou mulher. Esta suposta decisão vem acompanhada de um aniquilamento da pessoa, substituindo-a por alguém sem identidade. Nos países supra citados, hoje as pessoas que optaram por este sistema não conseguem encontrar uma forma acertada para o tal desenvolvimento da identidade; pois os estudiosos da ideologia de género não tem a certeza se ela terá em conta a liberdade genuína da pessoa, que nasce nas mesmas relações que eles se permitem proibirem.
Parece que existem ainda mais quatro passos a serem cumpridos e bem desenhados dentro desta agenda. O próximo será a desconstrução do significado do termo pessoa e até mesmo o termo indivíduo, sendo assim quem decide no seu lugar já não é alguém autónomo, mas sim alguém que poderia deixar nas mãos de um outro essa decisão.
O seguinte passo seria o mais rápido de todos. Eliminada a pessoa, eliminam-se também as suas relações e os seus efeitos. Uma tendência forte actualmente é o chamado “poliamor”. Onde as pessoas podem estabelecer matrimónios ou uniões de facto, mas sempre abertas a outro tipo de relações, sem compromisso definitivo ou sem a exigência de estabilidade ou unicidade.
O último dos itens desta agenda é de caráter anti-metafísico. Qualquer tipo de relação com a transcendência, com a religião ou com o Deus Criador, deve ser simplesmente anulada. O homem do Século XXI quer ser dono do seu corpo, mas perderá o seu bem mais precioso – a sua identidade e a grandeza de ser pessoa.
Os passos a seguir só serão evitados se percebemos que existe algo mais profundo, perverso e maquiavélico quando nos falam em ideologia de género.
“A ideologia de género é uma tentativa de afirmar que não existe uma identidade biológica em relação à sexualidade. Quer dizer que o sujeito, quando nasce, não é homem nem mulher, não possui um sexo masculino ou feminino definido, pois, segundo os ideólogos do género, isso é uma construção social”.
Por favor não se riam e acreditem que não ensandeci, é disto mesmo que nos querem convencer…
Se vos parece que isto é uma brincadeira de mau gosto, ou algo muito ténue ou inócuo, esqueçam, porque é uma poderosa estratégia de destruição humana e com uma agenda diabolicamente construída que se veio paulatina e sorrateiramente instaurando nas mentalidades e culturas mundiais, e agora, como temos visto e ouvido, no seio das nossas escolas.
Maria d’Oliveira
Professora