Oração com os Salmos abre caminhos de felicidade
O Papa afirmou, no Vaticano, que a oração com os Salmos, livro bíblico do Antigo Testamento, abre caminhos de felicidade, nas várias situações da vida.
«Há muitos Salmos que nos ajudam a seguir em frente. Ganhem o hábito de rezar com os Salmos, asseguro que serão felizes, no fim», referiu aos peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, para a Audiência Pública semanal.
Ao falar sobre o Ano de Oração, que convocou para a preparação do Jubileu 2025, Francisco apresentou os Salmos como uma «sinfonia» de oração, nascida na tradição judaica e preservada na História da Igreja Católica, desde a redacção do Novo Testamento.
O Papa recordou a tradição de publicar em conjunto os Evangelhos e o Livro dos Salmos, referindo que tem uma edição especial junto de si. «Tenho na minha escrivaninha uma edição em ucraniano do Novo Testamento e dos Salmos, de um soldado morto, que me enviaram. E ele rezava com ele, na frente de guerra», revelou.
Francisco destacou que alguns Salmos reflectem «uma situação histórica e uma mentalidade religiosa» que se encontra ultrapassada, mas que o valor deste livro bíblico permanece, sendo um «elemento fixo na celebração da Missa e na Liturgia das Horas».
«Vocês rezam com os Salmos, algumas vezes?», como, por exemplo, quando se está triste «por ter pecado», perguntou aos presentes.
O Papa sustentou que o recurso aos Salmos enriquece a oração, superando a tentação de a reduzir a «pedidos». «Os Salmos ajudam-nos a abrir-nos a uma oração menos centrada em nós mesmos: uma oração de louvor, de bênção, de acção de graças; e também nos ajudam a ser a voz de toda a criação, envolvendo-a no nosso louvor», precisou.
Em Março de 2019, a Conferência Episcopal Portuguesa apresentou o primeiro volume da nova tradução da Bíblia em Português, com a publicação da edição de “Os Quatro Evangelhos e os Salmos”.
No final da Audiência Geral, Francisco saudou os peregrinos de língua portuguesa presentes no Vaticano: «Encorajo-vos a manter viva a vossa fé e a empenhar-vos na difusão do amor de Cristo nas vossas comunidades, com o entusiasmo e a criatividade do Evangelho. Que o Senhor vos abençoe e vos proteja sempre».
O Papa recordou ainda o novo beato da Igreja Católica, o padre polaco Michael Rapacz, morto a 12 de Maio de 1946, em Ploki, onde era pároco, aos 42 anos de idade.
«Dando graças ao Senhor pelo novo beato, mártir, padre Michael Rapacz, rezamos para que o seu testemunho se torne um sinal de consolação de Deus nestes tempos marcados pelas guerras. Que o seu exemplo nos ensine a ser fiéis a Deus, a responder ao mal com o bem, a ajudar a construir um mundo fraterno e pacífico», apelou. O sacerdote foi beatificado numa cerimónia que decorreu no último sábado, em Cracóvia.
«Continuemos a rezar pela paz. A guerra é sempre uma derrota, desde o começo. Rezemos pela paz na martirizada Ucrânia, na Terra Santa, no Sudão, em Myanmar e onde quer que as pessoas estejam a sofrer com a guerra. Rezemos todos os dias pela paz», concluiu o Santo Padre.
In ECCLESIA