Ética Médica debatida em Lisboa

Ética Médica debatida em Lisboa

MÉDICOS CATÓLICOS PORTUGUESES ALERTAM SOBRE IDEOLOGIA DE GÉNERO E CRENÇAS PERIGOSAS NA INTERNET

A Associação dos Médicos Católicos Portugueses (AMCP) realizou no passado sábado um curso de formação em Ética Médica, no Instituto São João de Deus, em Lisboa.

Segundo uma nota enviada a’O CLARIM, “o programa incluiu conferências a cargo de especialistas e investigadores portugueses e espanhóis, sobre temas como a relação médico-doente; a objecção da consciência na medicina; as decisões éticas centradas nas famílias; o impacto das notícias falsas (‘fake news’) na saúde; a relação entre a ética médica e a doutrina da Igreja; e a ideologia de género”.

No que respeita à ideologia de género, a Associação dos Médicos Católicos Portugueses sublinha “a importância de se promover na sociedade a harmonia entre a dimensão biológica e a dimensão psicológica e social da identidade sexual. As situações em que essa harmonia não se verifica – designadas como ‘disforia de género’ – são muito raras e devem ser acompanhadas individualmente por médicos e outros profissionais de saúde competentes e especializados”.

A AMCP “rejeita a proposição de que os sexos masculino e feminino são apenas uma construção mental e alerta para os perigos do impacto desta ideologia na educação, na política, na família e em outras áreas da sociedade”.

A associação profissional católica considera que “em Portugal se corre o risco de se tomarem decisões legislativas que para além de não trazerem qualquer benefício em termos de saúde para as crianças e adolescentes com ‘disforia de género’, impõem às escolas a doutrinação de professores e alunos com base numa ideologia que promove com radicalismo um mundo assexuado (‘a utopia do neutro’), desligado da realidade biológica, e que exclui as famílias e os profissionais da medicina de uma área fundamental que é a da identidade sexual humana”.

No âmbito das notícias falsas que visam principalmente a área da saúde, a AMCP afirma que “existe uma falsa equivalência de crenças erradas – disseminadas pela Internet, mas sem qualquer escrutínio científico – com a medicina moderna e rigorosa. As crenças perigosas na área da saúde – veja-se o caso da utilização de testosterona por jovens à procura do ‘corpo perfeito’ – podem conduzir a verdadeiras tragédias pessoais sobre as quais é preciso reflectir”.

À semelhança do primeiro módulo de formação, realizado a 11 de Maio deste ano e que contou com uma centena de participantes, a sessão de Outubro foi aberta à participação de todos os interessados na temática proposta, e não apenas e em exclusivo a médicos e estudantes de Medicina.

José Miguel Encarnação

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