Milhares de peregrinos em vigília pró-vida
Mais de vinte mil peregrinos norte-americanos participaram ontem, em Washington, na Vigília Nacional pela Vida que decorreu na Basílica da Imaculada Conceição.
O programa do evento incluiu a celebração de uma missa, presidida pelo cardeal D. Timothy Dolan, arcebispo de Nova Iorque e presidente da Comissão Episcopal dos Estados Unidos para a defesa da vida.
A Vigília pela Vida recordou o 43.º aniversário da decisão judicial sobre o caso “Roe vs. Wade” que, em 1973, liberalizou o aborto no País.
Segundo a Conferência Episcopal norte-americana, desde então, pelo menos 56 milhões de abortos foram realizados nos Estados Unidos.
«É um grande incentivo ver tantos jovens a rezar, jejuar e marchar em prol do fim do aborto», referiu à Rádio Vaticano Deirdre McQuade, directora-assistente de política e comunicações do Secretário de Actividades Pró-vida da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos.
Para além das 14 horas de vigília entretanto já cumpridas, está agendada para hoje a Marcha pela Vida nas ruas da capital norte-americana, iniciativa anual que conta com a participação de católicos e membros de outras comunidades cristãs.
Vaticano contra armas humanas
O Observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas alertou para o uso de civis como «armas de guerra», considerando que isso representa «o pior do comportamento humano».
O arcebispo D. Bernardito Auza participou num debate aberto sobre a protecção de civis em conflitos armados promovido pelo Conselho de Segurança da ONU, na passada terça-feira.
«Esta atrocidade tem de ser denunciada por todos, sem excepção, nos mais veementes termos; a Comunidade internacional deve fazer tudo o que pode para pôr fim a estes crimes hediondos, inclusive a legitimação do uso da força para deter atrocidades em massa e crimes de guerra», declarou.
O representante da Santa Sé afirmou ainda que «as populações civis vítimas de atrocidades em massa e crimes de guerra merecem toda a ajuda» possível.