Natal é o coração do mistério da fé cristã
Deus, infinito e todo-poderoso, quis vir ao mundo como uma criança. Aquele que é maior do que todo o Universo fez-Se pequeno, acessível e humilde, para que não tenhamos nenhum medo nem receio de nos aproximarmos d’Ele.
Ele abandona a glória celestial para habitar entre nós, não num palácio, mas num estábulo, sinal da Sua profunda bondade e desejos de proximidade.
Este actuar divino é mais do que uma demonstração de humildade: é uma verdadeira ponte construída entre Deus e cada um de nós. O Criador fez-Se homem para nos salvar e ensinar-nos a amar e a ser amados. Ao vir a este nosso mundo como uma criança indefesa, Deus não nos assusta com a Sua grandeza, mas convida-nos ao encontro pessoal e cheio de confiança com Ele.
O nascimento de Jesus em Belém revela a profundidade do amor de Deus por cada um de nós. Ele não veio para condenar, mas para redimir; não veio para exigir, mas para dar; não veio para impor nada, mas para nos convidar à comunhão com Ele.
O Natal não é apenas a celebração de um acontecimento passado, mas um convite renovado a deixar que Deus nasça nos nossos corações. Ele continua a descer à simplicidade do nosso dia-a-dia, às nossas fragilidades e limitações, para nos elevar à Sua grandeza.
Neste tempo de esperança, somos chamados a acolher este presente divino, a sermos reflexos do amor que nasceu em Belém e a partilhá-lo com todos os que encontramos pelos caminhos da vida.
Menino Jesus, pedimos-te que este Natal seja para todos nós o início de uma profunda renovação interior, guiados pela certeza de que Tu estás connosco no presépio perene de cada Sacrário, hoje e até ao fim dos tempos.
Pe. Rodrigo Lynce de Faria