Francisco quer novo Sínodo Ecuménico
O Papa apontou, na segunda-feira, à realização de um Sínodo ecuménico sobre a evangelização, ao receber a primeira visita de sempre do Santo Sínodo da Igreja Siro-Malancar “Mar Thoma” ao Vaticano.
«Espero que um dia possamos celebrar um Sínodo ecuménico sobre a evangelização, todos juntos. E este Sínodo será para garantir, rezar, reflectir e empenharmo-nos juntos por um melhor testemunho cristão», disse.
«Também aqui, estou certo de que a Igreja Mar Thoma, que traz em si esta dimensão missionária, pode oferecer muito. Mas todos juntos, todos juntos», acrescentou.
A visita contou com a presença do metropolita Theodosius Mar Thoma, responsável máximo desta comunidade cristã, ligada à evangelização de São Tomé (Século I), um dos primeiros discípulos de Cristo.
Esta Igreja, «herdeira tanto da tradição síria dos cristãos de São Tomé quanto da tradição reformada», observou o Papa, «define-se justamente como uma Igreja ponte entre o Oriente e Ocidente».
«A Igreja Mar Thoma tem uma vocação ecuménica e não é por acaso que se envolveu desde cedo no movimento ecuménico, estabelecendo muitos e vários contactos bilaterais com cristãos de diferentes tradições», referiu.
Evocando a XVI Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, que se encerrou a 27 de Outubro, no Vaticano, Francisco sublinhou a convicção de que «a sinodalidade é inseparável do ecumenismo».
No mesmo dia, o Santo Padre recebeu os membros da Catholic Philanthropy Network (Fadica), com sede nos Estados Unidos, tendo elogiado o «espírito de solidariedade» dos seus membros.
Francisco falou do recente Sínodo para destacar que a Igreja está num «processo de reflexão sobre sua natureza de comunidade sinodal».
CASAS PARA SÍRIOS
Entretanto, o Vaticano anunciou que o Papa vai presidir, este Domingo, à celebração do VIII Dia Mundial dos Pobres, num programa que inclui Missa na Basílica de São Pedro, almoço com mil e 300 pessoas, e entrega de casas a vítimas da guerra na Síria.
“A iniciativa, proposta pela primeira vez em 2017, foi fortemente desejada pelo Papa Francisco para exortar a Igreja a ‘sair’ dos seus muros para encontrar a pobreza nos múltiplos significados em que ela se manifesta no mundo actual”, refere uma nota do Vaticano, enviada à Agência ECCLESIA.
A celebração deste ano tem como tema uma passagem do livro bíblico do Ben-Sirá, “A oração dos pobres sobe até Deus”.
Francisco vai presidir à Missa Dominical após abençoar, simbolicamente, treze chaves, representando os países nos quais a “Aliança Famvin com os Sem-Abrigo”, da Família Vicentina, vai construir casas para pessoas necessitadas, um projecto que se associa à celebração do Jubileu 2025. “Entre estes países está a Síria, cujas treze casas serão financiadas directamente pela Santa Sé, como gesto de caridade para o Ano Santo”, assinala a nota de Imprensa.
O programa de Domingo inclui o tradicional almoço, com mil e 300 pessoas pobres, no Auditório Paulo VI, uma organização do Dicastério para o Serviço da Caridade (Santa Sé) com a ajuda da Cruz Vermelha Italiana.
In ECCLESIA