D. Stephen Lee exorta Macau a orar pela igreja na China

União com os irmãos católicos.

D. Stephen Lee, bispo de Macau, exortou os fiéis do território a orarem pela unidade da Igreja no continente chinês, na homilia celebrada na Sé Catedral por ocasião da Festa de Nossa Senhora da Ajuda aos Cristãos, que decorreu no passado dia 24 de Maio, no âmbito do “Dia Mundial da Oração pela Igreja na China”, estabelecido pelo agora Papa Emérito Bento XVI.

Durante a homilia, o bispo Lee começou por afirmar que tinha recebido amigos de Espanha, que rezaram muito pela Igreja no continente durante a procissão de Nossa Senhora da China, tendo acrescentado de imediato: «Quanto a nós – Macau – parte da China, temos uma forte responsabilidade em orar pela China».

Ao lembrar que antes do Papa Bento XVI estabelecer o “Dia Mundial” já o Papa João Paulo II tinha expressado pela primeira vez a sua preocupação e o amor pela Igreja chinesa, que se tornou na base de toda a intenção universal, recordou que no corrente ano completa-se o 10º aniversário da Carta de Bento XVI à Igreja na China.

«O Papa João Paulo II introduziu, pela primeira vez, um caminho de reparação, mas isso era a sua expressão interior, enquanto o Papa Bento XVI abriu e iniciou esse caminho de reparação na acção, o que nos levou a dar um passo em frente», sublinhou D. Stephen Lee, não esquecendo que «o Papa Francisco também abordou a sua preocupação com a Igreja» no continente, ao dizer: «“a China está no meu coração”».

Vincando que os três Papas têm tido a mesma intenção de unir a Igreja, o prelado sustentou que «todos os fiéis também devem seguir esta intenção através da Virgem Santíssima, especialmente de Nossa Senhora da Ajuda aos Cristãos (Nossa Senhora de SheShan), orando pela Igreja na China».

«Temos de orar com confiança. Mas qual é o futuro do caminho da reparação? Não temos ainda uma ideia definida. Existem muitos comentários e opiniões no jornais e nos websites, mas não podemos ficar afectados pelo que emitem, nem podemos ficar sem esperança e tristes», continuou o prelado.

Na mesma linha de ideias, explicou que a carta escrita por Bento XVI não é sobre as suas expressões e sentimentos pessoais. É sobre o amor da Igreja universal para toda a Igreja chinesa, através da comunhão dos santos, por forma a pedir uma acção unificada para todos na Igreja do continente. Não especificou se tais palavras eram dirigidas para a Igreja sancionada pelas autoridades chinesas ou para a Igreja clandestina.

Jasmin Yiu 

com Pedro Daniel Oliveira e Kou Cheok Lam

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *