Comunicação Social

Imprensa Livre só chega a 14% da população mundial

A ONG “Freedom House” divulgou, recentemente, um relatório que aponta Cuba, Venezuela, Honduras, Equador e México como os cinco países latino-americanos onde a Imprensa não é livre. Além disso, a ilha governada por Raúl Castro está entre os dez piores do mundo. No outro extremo encontram-se a Costa Rica e o Uruguai, sendo estes apontados como os únicos países plenamente livres na região. Porém, ainda assim, a Costa Rica e o Uruguai ocupam, respectivamente, o 22.° e o 47.° lugares, entre os países avaliados, evidenciando, deste modo, as dificuldades vividas naquela região do globo, no que se refere à liberdade de Imprensa.

As Honduras, o Panamá e a Venezuela são os países que mais se têm destacado pela negativa, face aos últimos relatórios. O Paraguai, por seu turno, é o país que mais tem progredido neste sentido. A Argentina, país que ocupa a 106.ª posição, continua a gerar preocupação, por ter um ambiente mediático altamente polarizado e funcionários governamentais que continuam a insistir numa retórica negativa e em ataques verbais contra os jornais críticos.

Os restantes países da América Latina são considerados parcialmente livres. Neste conjunto, a melhor posição é ocupada pelo Chile, seguida de países como El Savador, a República Dominicana, o Peru, o Brasil, a Bolívia, o Panamá, o Haiti, a Argentina, a Nicarágua, a Colômbia, o Paraguai e a Guatemala.

De acordo com a “Freedom House”, a situação no continente americano deteriorou-se, tendo chegado ao nível mais baixo registado nos últimos cinco anos. Estima-se que apenas 2% da população residente na América Latina viva em países que usufruem de total liberdade de Imprensa.

A ONG, com sede em Washington, atribui uma pontuação às condições em que o jornalismo é exercido em cada país.

A lista mundial de nações com liberdade de informação é encabeçada pela Holanda, pela Noruega e pela Suécia. Completam a lista dos dez países com mais liberdade jornalística a Bélgica, a Finlândia, o Luxemburgo, a Suíça, a Islândia, a Dinamarca e Andorra.

O país que mais restrições impõe à Imprensa é a Coreia do Norte, seguida do Turcomenistão e do Urzebequistão. Seguem-se, posteriormente, a Eritreia, a Bielorússia, o Irão e a Guiné Equatorial.

«Vemos um retrocesso na liberdade de Imprensa a nível global, como resultado dos esforços dos Governos para controlar a mensagem e castigar o mensageiro. Em todas as regiões encontramos tanto Governos quanto agentes privados atacando jornalistas, limitando o acesso a eventos noticiosos, censurando e ordenando a demissão de jornalistas por motivações politicas», lamentou Karin Karlekar, responsável da organização, durante a apresentação do documento.

O estudo indica que a liberdade de Imprensa em âmbito global caiu para o nível mais baixo em uma década. Só 14% da população mundial vive em países em que a Imprensa é plenamente livre. 42% vive em regiões parcialmente livres e 44% em lugares sem liberdade de Imprensa.

Dos 197 países avaliados quanto ao ambiente legal, político e económico em que vivem, 63 foram posicionados na lista dos que possuem liberdade de Imprensa, 68 no grupo da liberdade parcial e 66 no grupo de países sem liberdade informativa.

In Boa Nova

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