Jerusalém, capital do mundo
O Conselho das Conferências Episcopais da Europa sublinhou a importância de “respeitar o status quo” da cidade de Jerusalém, depois da decisão dos Estados Unidos da América em reconhecer a cidade como capital de Israel.
Em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, o organismo que reúne os responsáveis católicos dos países da União Europeia, incluindo de Portugal, frisa a necessidade de “agir com justiça, sabedoria e prudência” para “preservar a paz”.
O presidente do Conselho das Conferências Episcopais de Europa, cardeal D. Angelo Bagnasco, destaca o papel central que Jerusalém desempenha não só para as comunidades cristãs da Europa mas de todo o Médio Oriente, como “casa” de “inúmeras pessoas que, no interior das paredes da cidade, veneram os lugares santos das suas respectivas religiões”.
“Estamos convictos de que qualquer mudança a este nível irá favorecer um clima de mais violência, como temos comprovado através dos acontecimentos dos últimos dias”, aponta aquele responsável.
A posição adoptada pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de deslocar a embaixada norte-americana de Telavive para Jerusalém, e de considerar oficialmente esta última como capital de Israel, reacendeu o confronto israelo-palestiniano na Terra Santa, com a violência a alastrar a outras regiões, como a Jordânia e o Líbano.
No plano internacional, esta situação motivou críticas de líderes de vários países e também dos membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que salientaram que ela “não favorece a perspectiva de paz na região”.
Sobre o contexto em Jerusalém, o Papa lamentou, através de uma nota oficial divulgada pela Santa Sé, a violência que tem subido de tom na região, e todas as vítimas que dela resultaram.
Francisco apelou “à sabedoria e à prudência de todos”, em particular dos “responsáveis pelas nações”, para que “neste momento de particular gravidade, se empenhem em evitar uma nova espiral de violência”.
In ECCLESIA