D. Charles Scicluna nomeado para a Doutrina da Fé
O arcebispo escolhido pelo Papa para liderar várias investigações a casos de abusos sexuais foi nomeado por Francisco como secretário-adjunto da Congregação para a Doutrina da Fé.
D. Charles Jude Scicluna “mantém o ofício de arcebispo de Malta”, que ocupa desde 27 de Fevereiro de 2015, precisa uma nota da Sala de Imprensa da Santa Sé.
O responsável é considerado como um colaborador da confiança do Papa Francisco, que em 2015 o nomeou como presidente do Colégio que examina recursos de eclesiásticos para julgamentos de casos de abusos sexuais e outros dos chamados “crimes mais sérios” (delicta graviora); em Fevereiro e Maio de 2018 foi enviado pelo Pontífice ao Chile, para fazer avançar o processo de reparação e reabilitação das vítimas de abusos.
Em Setembro, à ECCLESIA, o arcebispo maltês disse ser necessário passar aos «actos» neste campo da protecção dos menores, tendo elogiado a cimeira convocada pelo Papa.
«É uma resposta às expectativas das pessoas: que dos documentos e das palavras passemos aos actos. As pessoas têm necessidade de perceber que não bastam as belas palavras e as promessas», referiu D. Charles Scicluna durante a assembleia plenária do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), que decorreu na cidade polaca de Poznan.
O antigo promotor de Justiça na Congregação para a Doutrina da Fé considerou que este é um processo «constante».
Para D. Charles Scicluna, é necessário valorizar a iniciativa de Francisco, ao chamar todos os presidentes das conferências episcopais do mundo para uma reunião em Roma, entre 21 e 24 de Fevereiro de 2019, sobre o tema da prevenção dos abusos.
Já durante o Sínodo dos Bispos, em Outubro, o secretário-adjunto da Congregação para a Doutrina da Fé defendeu no Vaticano que é preciso confiar no trabalho feito, admitindo o impacto negativo destes escândalos.
«O Papa sofre com a lentidão da nossa justiça», disse aos jornalistas.
In ECCLESIA