Elevação aos Céus.
Medjugorje será elevada a santuário mariano e há planos para o alargamento do já existente, afirmou recentemente o arcebispo polaco D. Henryk Hoser, visitador apostólico a residir em Medjugorje. Os fiéis seguidores de Nossa Senhora em Medjugorje enchem-se de alegria com o apoio que está a ser dado a este local, por parte do Vaticano e pelo Papa Francisco, onde cada vez mais se conclui que Nossa Senhora aqui nos fala para toda a humanidade. De uma forma como nunca o fez no passado, nem em outro ponto geográfico.
O visitador apostólico do Vaticano enviado pelo Papa Francisco para apoiar os peregrinos e cuidar da expansão da paróquia da Bósnia e Herzegovina, D. Henryk Hoser, falou recentemente dos planos para elevar Medjugorje a santuário mariano: «Contractámos arquitectos. Estamos a construir uma nova Medjugorje!». Desta forma entusiasta o enviado especial do Papa Francisco a Medjugorje destacou as mudanças que ali ocorrerão como resultado da sua missão, numa entrevista concedida a Darko Pavičić para o jornal bósnio Večernji list(Vecernji.hr), no início deste ano, e enfatizou a importância da atenção e cuidado do Santo Padre para o desenvolvimento pastoral de Medjugorje.
A Igreja mostra assim que chegou o momento de criar estruturas e condições para dar apoio pastoral e acolhimento espiritual a tantos peregrinos que ali se deslocam dos quatro cantos do planeta. D. Henryk Hoser sublinhou: «Um argumento importante a favor de Medjugorje são as estatísticas. Vemos o número de peregrinos a aumentar, e também vemos não apenas que os peregrinos vêm de todo o mundo, mas que depois de voltarem para casa fazem de tudo para continuar a viver o espírito que aqui descobriram».
D.Henryk Hoser elogiou o desenvolvimento da liturgia e outras formas de devoção realizadas pelos franciscanos, que são todas «correctas do ponto de vista dos ensinamentos da Igreja e dos regulamentos litúrgicos». Com vista ao aperfeiçoamento espiritual, assinalou a necessidade de se continuar a trabalhar na organização de catequeses para peregrinos, congressos, seminários, retiros, reformas espirituais para sacerdotes, frades, entre outras iniciativas. Quanto à melhoria das infra-estruturas, disse que «já existe um grupo de arquitectos a preparar projectos para cobrir o altar externo e a construção de uma capela de adoração perpétua». Trata-se de desenvolver um espaço para as celebrações litúrgicas, que serão cobertas para proteger os peregrinos das condições climatéricas, como o calor no Verão e o frio no Inverno.
Por outro lado, o arcebispo destacou a boa colaboração com os irmãos franciscanos que servem a paróquia de Medjugorje, valorizando a sua grande experiência como guias do Santuário: «Diria que temos uma cooperação sincera e frutífera».
Durante a sua segunda estadia em Medjugorje, que tem servido para continuar a familiarizar-se com a sua complexa e rica realidade, destacou dois aspectos da missão que lhe foi confiada: por um lado, o nível espiritual, que aqui atinge uma grande profundidade. Por outro, o desenvolvimento arquitectónico. «A infra-estrutura actualmente disponível é muito “simples”, se tivermos em conta o número de peregrinos, não só da Bósnia e Herzegovina, da Croácia e de outros países dos Balcãs, mas de todo o mundo».
Quanto aos videntes, o arcebispo D. Henryk Hoser disse que não os voltou a receber desde a primeira visita a Medjugorje: «A próxima reunião será no futuro. Falei com alguns videntes durante a primeira visita. A minha função especial não é investigar as aparições ou o aspecto dogmático destas aparições, mas apenas a atenção pastoral».
Quanto às semelhanças entre as aparições de Medjugorje e as do Ruanda, onde também esteve há anos (as do Ruanda já foram aprovadas), explicou que «de acordo com os videntes, em ambos os lugares, as aparições começaram em 1981 – em Medjugorje em Junho e no Ruanda em Novembro. Em ambos os sítios faltava a paz. A guerra nos Balcãs foi dura e difícil, e no Ruanda deu-se uma guerra civil, um genocídio, que durou quatro anos e que também teve as suas trágicas consequências».
Finalmente, o jornalista referiu o simbolismo do alojamento destinado ao arcebispo Hoser, o antigo escritório paroquial onde o padre Jozo Zovko escondeu as crianças e onde também ocorreram várias aparições.
Confrontado com as conclusões do relatório do cardeal D. Camillo Ruini sobre Medjugorje, acentuou que não está oficialmente publicado, pelo que não pode comentar o seu conteúdo. Já o relatório redigido por D. Henryk Hoser, enviado à Santa Sé no ano passado, apesar de satisfatório ficou aquém das últimas conclusões: «Agora estou em condições de confirmar o relatório do ano passado e actualizá-lo com os novos dados encontrados – novos elementos que não referi no último relatório».
O arcebispo também analisou a fé do povo croata: «A fé é uma parte muito poderosa da identidade do homem e da sociedade dos croatas. Para os croatas a fé católica é um aspecto muito poderoso que salvou a existência da sua sociedade durante os últimos séculos, que foram muito difíceis, por exemplo durante a ocupação turca. Eu acho que o número de croatas que aqui vêm confirma o seu apego à fé católica. Eles têm uma fé profunda e cheia de entusiasmo. Esta é a identidade dos croatas, da Bósnia e Herzegovina, da República da Croácia e de outros países vizinhos, porque as línguas são semelhantes na Sérvia, Eslovénia, etc. E essa é a sua denominação comum».
- Henryk Hoser, arcebispo emérito de Varsóvia-Praga (hoje a residir em Medjugorje), foi nomeado em 31 de Maio de 2018 visitador apostólico de carácter especial para a paróquia de Medjugorje, por tempo indeterminado e ad nutum Sanctae Sedis.
Com as aparições a decorrerem há mais de 37 anos – ainda em aberto – a Igreja, que têm vindo a estudar e a acompanhar este fenómeno, não pode ainda dar um veredicto final no que diz respeito a uma aprovação oficial da sua autenticidade, como foi feito para Lourdes e Fátima, santuários hoje com grande fluxo de peregrinos.
Os casos de transformação espiritual/interior de quem visita Medjugorje são inúmeros. Os fiéis são tocados por Deus de uma forma “inexplicável”, assim provam os milhares de testemunhos de conversão, de milagres e de vocações, frutos da presença de Nossa Senhora nesta “vila entre montanhas”, como nos indica o nome Medjugorje.
O apelo à conversão do Céu neste vilarejo parece demasiado sério para que não seja acompanhado e vivido com seriedade. Prova disso são ainda as aparições diárias a três dos seis videntes e as inúmeras mensagens de Nossa Senhora por mais de três décadas. Uma catequese contínua rumo à salvação dos filhos de Deus e de Maria Santíssima, que nos abraçou aos pés da cruz pelas “mãos” do seu Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo. Algumas das mensagens revelam-nos teor profético e escatológico (fim dos tempos), como a mensagem que nos deixou a 2 de Maio de 1982: “Venho chamar o mundo à conversão pela última vez. Depois não aparecerei mais sobre a terra”.
Rainha da Paz, rogai por nós!
Miguel Augusto
com Gabriel Paulino e centromedjugorje.org