«Ayrton Senna era um grande católico»

AMEDEO ZUFFA, O PADRE QUE MINISTROU A EXTREMA-UNÇÃO AO PILOTO BRASILEIRO

«Ayrton Senna era um grande católico»

Dia 1 de Maio de 1994. Estavam reunidas todas as condições para mais uma grande corrida de Fórmula 1. O piloto Ayrton Senna estava no auge da carreira e era o ídolo dos brasileiros. Nesse dia, todos os seus fãs torciam por mais uma vitória do capacete amarelo. Mas um acidente na curva Tamburello, no circuito de Ímola (Itália), deixou os fãs de todo o mundo desolados e apreensivos. Entre eles, o sacerdote capuchinho Amedeo Zuffa.

O padre estava no 12.º andar do hospital para onde o piloto foi levado, em Bolonha. Ao saber do gravíssimo estado em que se encontrava Ayrton Senna, desceu ao andar de baixo, onde ficava a Unidade de Cuidados Intensivos. O padre conheceu Senna dois dias antes quando o piloto Rubens Barrichello, também brasileiro, se envolveu num acidente durante os treinos e fôra transportado para o mesmo hospital.

«Logo que soube o que havia acontecido, tentei localizar algum familiar de Senna, para poder fazer a extrema-unção. Foi quando me apresentaram o seu irmão, Leonardo. Pediu-me para entrar e fazer a extrema-unção, pois Senna era um grande católico», disse na época o religioso à Folha de S. Paulo.

Ao jornalista Livio Oricchio, o capuchinho disse ainda: «Hoje, 1 de Maio, é dia de São José da Boa Morte, protector dos moribundos, e desejava oferecer-lhe a alma de Senna».

O sacerdote revelou o que viu quando entrou no quarto do hospital em que Senna se encontrava. Segundo ele, o quarto estava cheio de aparelhos. O piloto estava nu e com o rosto bastante desfigurado devido ao forte traumatismo craniano que sofrera. A sua morte foi anunciada pelo hospital por volta das 19 horas e cinco minutos (hora local).

Um ano depois do acidente, o padre Amedeo Zuffa voltou à curva Tamburello e rezou uma missa pela alma de Ayrton Senna.

In Aleteia

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