Alternativa ao crime

Agora, mais do que nunca, o meu pensamento dirige-se aos espoliados do Ultramar que perderam tudo; aos idosos que hoje vivem na pobreza após uma vida de trabalho; às crianças que passam privações e se encontram em risco de pobreza; aos desempregados e aos que partiram lá para fora à procura das condições que a Pátria lhes nega; aos sem-abrigo, aos despejados das suas casas, aos que sofreram cortes drásticos em tantas coisas, aos mais desfavorecidos…

São, afinal, portugueses desamparados e desprezados pelos governantes do seu próprio país. Estes mesmos governantes, traidores, que acolhem sem hesitar vários milhares de imigrantes invasores, bárbaros e hostis (a quem chamam eufemisticamente “refugiados” ou “migrantes”) e com direito a tudo.

Isto é ser-se profundamente desumano para com os seus. É ser-se traidor e carrasco do próprio povo. É chocantemente injusto!

Portugal e a Europa não têm obrigação nenhuma de receber esta verdadeira invasão, “mostrando-se” cinicamente humanos. Pelo contrário, temos que nos defender! Os países semelhantes, nas suas regiões, que os recebam. Os países europeus, além de não terem condições para tal, nem o devem fazer nunca! Isso é suicídio! Afinal, além da tremenda injustiça para com os nossos, estamos a meter cá dentro um autêntico “Cavalo de Tróia”. Dentro de pouco tempo veremos a nossa própria terra transformada numa espécie de Iraque ou Síria. Eis a obra dos “humanitários”. Isto é crime contra o nosso país!

 

Mudança

Perante o diagnóstico real (do Estado deplorável da Nação) há que ser frontal e explicar aos portugueses que Portugal precisa de uma mudança verdadeira, e que as soluções não passam pela alternância entre quem nos colocou neste estado de coisas.

Só há uma solução para sair deste buraco onde nos meteram, e que passa por uma mudança radical de rumo e de mentalidade: recuperar o Orgulho Nacional, a Soberania e a Identidade; combater sem contemplações a corrupção; combater sem tréguas a injustiça social e a imoralidade das mordomias e benesses de muitos; promover sem complexos as medidas proteccionistas que reanimem a Produção Nacional e nos libertem da servidão externa e dos interesses sectários.

Advogamos assim uma mudança profunda, que defenda um novo Regime de cariz Nacional e Social no qual se promova a Soberania, a Identidade, a Justiça Social e o Espírito de Serviço à Comunidade.

Na defesa e fortalecimento dos nossos valores e causas defendemos o papel preponderante do Estado. Um Estado eficaz, cuja existência é imprescindível, mas sem gorduras nem peso inútil ou atrofiador. Não deve haver presença do Estado na qual ela não seja realmente necessária. Deve haver lugar à iniciativa privada e respeito pela propriedade privada.

O Estado é fundamental e tem que ser forte, mas naquilo que estritamente lhe compete: regular e fiscalizar a sociedade civil, promover a Justiça Social e impedir toda a espécie de abusos e desigualdades. Compete-lhe assegurar o controlo de todos os sectores vitais para o bem-estar da população e da economia e soberania nacionais, como sejam os transportes, comunicações, energias e recursos naturais. Compete-lhe, também, garantir sempre e em cada momento a maior Independência Nacional possível e a mais ampla margem na escolha de aliados internacionais e de objectivos político-diplomáticos.

Queremos ser uma nação aberta ao mundo, mas soberana, onde quem manda somos nós. E queremos sentir em português e pensar em português o que só em português pode e deve ser sentido e pensado.

 

Enfadonho

Decorreu o primeiro e único debate televisivo entre Passos Coelho e António Costa. Algo os une, que é o facto de deixarem sem resposta as perguntas mais incómodas, tal como deixam sem solução as questões essenciais que desde sempre afligem a sociedade portuguesa. Nenhum deles, no fundo, se compromete. José Sócrates, referido 12 vezes por Passos Coelho, apesar de ausente, esteve bem presente. Pouco ou nenhum rigor das propostas, populismo e demagogia, um discurso excessivamente técnico. O resultado só poderia ser a derrota de ambos.

O plafonamento que ambos pretendem realizar, e de que tanto falaram, trata-se simplesmente da transferência de parte dos descontos para sistemas financeiros privados. Já agora, importa uma clarificação: quem assinou o Memorando de Entendimento com a Troika foram PS, PSD e CDS-PP, depois de o Governo socialista ter conduzido o País a essa situação vexatória. Quem os ouve falar, tentando sacudir responsabilidades, parece que nunca passaram pelo Governo. Lembramos até que foi um executivo PS que destruiu as carreiras profissionais da Função Pública.

 

Poço sem fundo

A disparidade entre salário mínimo e salários de administradores atinge dimensões próprias do terceiro mundo. Temos hoje milhares de pequenos e médios empresários sem acesso a qualquer apoio social. A substituição do pagamento de subsídios de férias e Natal por duodécimos não convence. A limitação do acesso à Justiça mediante o preço é desde logo um atentado ao Estado de Direito.

Aflige-nos igualmente constatar que os pais deste país, que tantos sacrifícios fizeram para formar os filhos na universidade, os vêem depois condenados ao desemprego. Desinvestimento público, diminuição de rendimentos do trabalho, especulação imobiliária e financeira são outros dos efeitos prejudiciais das más políticas levadas a cabo. Também o crédito às pequenas e médias empresas baixou 10 mil milhões de euros. Chegámos a uma situação de impasse.

Afinal, de que serviram quatro anos de austeridade, se o Estado continua a contrair empréstimos para pagar juros de outros empréstimos? Tudo isto vem reforçar a convicção de que a solução política para o futuro de Portugal tem de incluir os Nacionalistas.

José Pinto Coelho 

Presidente do Partido Nacional Renovador

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