ALERTA DO PRESIDENTE DA COMISSÃO JUSTIÇA E PAZ, DA IGREJA CATÓLICA EM PORTUGAL

ALERTA DO PRESIDENTE DA COMISSÃO JUSTIÇA E PAZ, DA IGREJA CATÓLICA EM PORTUGAL

Há um aumento das «violações da liberdade religiosa» na China

O presidente da Comissão Nacional de Justiça e Paz (CNJP), da Igreja Católica em Portugal, considera que «as violações da liberdade religiosa» se acentuaram na China, desde a assinatura do acordo entre a Santa Sé e o Governo de Pequim. «Proibir a educação religiosa de crianças e adolescentes e a sua entrada em lugares de culto, o uso de tecnologia mais avançada para o controlo da população nestes domínios é próprio de um Estado totalitário que pretende controlar todos os domínios da vida das pessoas, incluindo os mais íntimos, como é a religião», disse Pedro Vaz Patto à Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).

Na informação enviada à Agência ECCLESIA, na passada terça-feira, o juiz português alertou para o uso de tecnologia, como «técnicas de reconhecimento facial», e para a criação de sistemas, como o «crédito social», que permite «condicionar a atribuição de benefícios em função do comportamento das pessoas», como a sua prática religiosa.

O presidente da Comissão Nacional de Justiça e Paz considera que entre as principais vítimas destas medidas do Estado chinês estão «sobretudo as comunidades, de várias religiões, que escapam ao controlo estatal», especificando que entre os que «mais sofrem essa repressão» estão «as comunidades clandestinas cristãs, ou não cristãs».

Neste contexto, exemplificou com a situação dos muçulmanos uigures e os relatos que cerca de um milhão de pessoas estão em campos de reeducação. «É evidente que já houve uma resolução do Parlamento Europeu a denunciar esta situação, mas não teve grandes consequências. O pretexto é o combate ao terrorismo, mas não podemos associar toda a população, só por ser muçulmana, ao terrorismo», acrescentou.

Pedro Vaz Patto assinala que «não existe» por parte dos cristãos, nem de qualquer outra religião, «algum propósito de combater politicamente o Estado», mas «a repressão, a privação das liberdades religiosas atinge todas as religiões».

In ECCLESIA

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *