Wong Sio Chak não quer africanos ilegais

Sem documentos “nã pódi”

O secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, assegurou ontem, na Assembleia Legislativa, que «há africanos» não residentes «que depois de entrarem em Macau destroem os seus documentos de identificação e andam por cá a vaguear», o que pode «constituir um risco para a segurança» do território.

Nesse sentido, Wong Sio Chak afirmou: «já pedi à Polícia de Segurança Pública para extraviá-los [extraditá-los] o mais rapidamente possível». Acrescentou que no corrente ano deverá entrar em funcionamento o reconhecimento biométrico facial nos postos fronteiriços.

O secretário reconheceu ainda que «o sistema de videovigilância» nos espaços públicos «facilita o nosso trabalho», porque «há trabalhos que não podem ser desenvolvidos por causa da falta deste sistema», como são os «casos de homicídio e de fogo posto», visto serem «por vezes necessários vinte ou trinta agentes da Polícia Judiciária para investigar esses crimes». Outra utilidade que encontrou nesta solução tecnológica está relacionada com a clarificação e resolução dos casos de acidente rodoviário.

Admitiu que as autoridades policiais estão a sentir dificuldades em combater a prática da prostituição e a divulgação de folhetos pornográficos. No primeiro caso, por causa do «recurso à Internet», por parte dos criminosos, e no último caso por haver «diferentes interpretações da lei, consoante os juízes» e por aquilo que a polícia apura mediante «todas as provas recolhidas».

«Temos que reforçar o combate à criminalidade para recolher mais provas e acusar as pessoas envolvidas. É um trabalho muito difícil porque são condutas ocultas», salientou Wong Sio Chak, ao explicar que tem havido dificuldades de recrutamento de novos elementos para a Polícia Judiciária e, especialmente, para a Polícia de Segurança Pública.

Quanto ao terrorismo internacional, disse que «Macau e Hong Kong estão a encarar a mesma situação e que a segurança do Estado também merece atenção séria» por parte da RAEM, adiantando que «estão a desenvolver várias tarefas secretas, embora não seja ainda oportuno falar sobre esta matéria».

«Posso dizer que estamos a prestar atenção ao assunto, especialmente após a entrada em vigor da lei de segurança nacional. Temos mecanismos para combater tudo isto e estamos a desenvolver acções de formação para o nosso pessoal», explicou.

PEDRO DANIEL OLIVEIRA

pedrodanielhk@hotmail.com

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