Toque Italiano nos contactos com a China

Franciscanos do século XIV percorreram a Rota da Seda

Os sacerdotes católicos europeus, que há vários séculos estiveram em missão no Oriente, contribuíram bastante para o contacto entre a Europa e a China. Muitos trilharam os caminhos da Rota da Seda e da Rota das Especiarias como diplomatas e artistas. Alguns deles eram italianos.

Este tema foi abordado pelo professor Francesco Vossilla, orador da palestra “Diplomacia e intercâmbios artísticos na Rota da Seda e na Rota das Especiarias: algumas personagens exemplares”, que decorreu na passada quarta-feira, no salão do Seminário de São José, sob a égide do Instituto Ricci de Macau.

«Na verdade, os primeiros italianos que estiveram na China, durante a dinastia Yuan, foram missionários franciscanos, enviados diplomáticos do Vaticano. Estamos a falar do século XIV. Estamos também a falar dos franciscanos Odorico da Pordenone, Giovanni da Pian del Carpine [efectuou uma viagem à Mongólia no século XIII] e Giovanni Marignolli», salientou o professor Francesco Vossilla.

Enaltecendo o esforço dos religiosos católicos, o professor Vossilla deu o exemplo de Giovanni Marignolli, «um franciscano de Florença que veio para a China na segunda metade do século XIV, tirou entretanto alguns cursos» e que «é recordado pela literatura chinesa e ainda por pintores chineses». «É uma personagem muito famosa», sublinhou, acrescentando que «podemos identificar alguns destes esforços diplomáticos ainda antes do tempo dos jesuítas».

O dominicano Vittorio Ricci (1621-1685), os jesuítas Giuseppe Castiglione (1688-1766) e Ferdinando B. Moggi (1684-1761) também foram outros dos muitos padres católicos que percorreram os caminhos da Rota da Seda.

P.D.O.

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