Solução para o jogo responsável

Equilíbrio entre receitas e casinos.

O magistrado do Ministério Público de Portugal, Hugo Luz dos Santos, disse a’O CLARIM, na passada terça-feira, que o conceito de jogo responsável assenta na premissa de um jogador saber quais são os seus limites, dado que a longo prazo é impossível “bater a casa”.

Nesse sentido, vincou que «a base do jogo responsável passa pelo equilíbrio das receitas captadas pelo Governo da RAEM e o interesse dos casinos».

«É sabido que a proliferação de jogadores compulsivos irá, a longo prazo, retirar receitas aos casinos, porque são os jogadores responsáveis que vão continuar a jogar, e não os compulsivos, que jogam um ou dois anos, perdem e depois saem, por não terem fundos, ou acabarem por se auto-excluir ou por terem problemas judiciais, ou então por se evolverem na criminalidade associada ao jogo», salientou Hugo Luz dos Santos.

As declarações foram proferidas na Fundação Rui Cunha, à margem da palestra “O Jogo Responsável, reflexões à luz do Direito comparado e do Direito de Macau”, inserida nas “Reflexões ao cair da tarde”.

Os restantes oradores foram Luís Pessanha, assessor da Assembleia Legislativa de Macau, que partilhou algumas das suas “Reflexões sobre o Regime de Exclusão de Jogadores Compulsivos de Macau”, e Desmond Lam, professor da Universidade de Macau, que falou sobre o tema “Adoptar um Enquadramento Integrado de Jogo Responsável”.

P.D.O.

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