Renmimbi impõe-se.
A China colocou em marcha o esperado Sistema de Pagamentos Internacionais (CIPS), que possibilita operações transfronteiriças de comércio internacional para e a partir do país asiático, na sua própria moeda, o renmimbi.
Segundo o anúncio da agência oficial chinesa Xinhua, o CIPS deverá impulsionar a internacionalização da moeda chinesa, que aspira a competir com o dólar norte-americano e o euro, dado o peso da China no comércio mundial.
Os pagamentos transfronteiriços em renmimbi deixam de estar reservados a uma série de bancos designados em cidades como Hong Kong, Singapura e Londres instituições equivalentes em território chinês.
As empresas fora da China poderão assim pagar em renmimbi aos seus parceiros chineses, directamente, permitindo reduzir os custos e a carga burocrática.
Segunda economia mundial, a seguir aos Estados Unidos da América, a China é também o maior exportador do planeta.
PIB
Entretanto, a China anunciou que vai adequar o seu sistema de contabilidade do Produto Interno Bruto (PIB) ao Special Data Dissemination Standard (SDDS), o mecanismo utilizado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), visando maior transparência estatística.
Zhou Xiaochuan, governador do Banco Popular da China (PBOC), disse ter recebido autorização do Conselho de Estado, e que já informou a directora-geral do FMI, Christine Lagarde.
O SDDS foi estabelecido em 1996 para guiar os países que pretendiam aceder aos mercados internacionais de capitais na disseminação de informação financeira.
Segundo o PBOC, trata-se de um passo necessário para reformar e abrir a China ao mundo, permitindo maior transparência, credibilidade e capacidade de fazer uma comparação fiável entre os dados do País e os de outras economias mundiais.
Desde 2002, um ano após aderir à Organização Mundial do Comércio, e até à data, a China usava o Sistema Geral de Divulgação de Dados, criado em 1997 pelo FMI para que os países membros pudessem comparar os seus sistemas estatísticos.