Simpósio debateu perseguição aos Jesuítas

Memória foi salvaguardada

Os bens confiscados à Companhia de Jesus, perseguida entre finais do século XVIII e início do século XIX, tiveram diferentes destinos: foram preservados, restaurados, vendidos ou destruídos.

A maioria das igrejas e de outros locais de culto retirados aos jesuítas não sofreu quaisquer intervenções por parte dos Estados, pelo que após a restauração da Companhia de Jesus as linhas arquitectónicas mantinham os traços desenhados pelos jesuítas, que se perpetuam até à actualidade. Dois exemplos desta realidade são as igrejas dos Seminários de Macau e Goa, cuja arquitectura exterior e a decoração interior são semelhantes em alguns aspectos.

A restauração da Companhia de Jesus na Europa deu-se de forma muito rápida, enquanto na China demorou um longo período para conseguir recuperar os direitos perdidos.

O destino dos bens confiscados, as alterações arquitectónicas efectuadas a igrejas e outros locais de culto e as dificuldades sentidas pelos jesuítas na Europa e no resto do mundo, durante e depois da perseguição a que foram sujeitos, foram temas de debate do simpósio intitulado “Jesuit Survival and Restoration 1773 – 1814: 200th Anniversary Perspectives from Boston and Macau”, organizado pelo Instituto Ricci de Macau, no Museu das Ofertas sobre a Transferência de Soberania de Macau, entre os dias 28 e 30 de Outubro.

J.M.E.

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