Cego é quem não quer ver.
O professor Arnold Monera, director da Faculdade de Estudos Religiosos da Universidade de São José (USJ), disse a’O CLARIM que o Governo de Macau e a sociedade civil têm a responsabilidade de preservar o Meio Ambiente para prevenir a degradação cada vez mais acentuada das condições de vida da população.
«As políticas governamentais devem expressar a nossa seriedade para fazer algo sobre o impacto das alterações climáticas. Precisamos de mais e mais grupos de “orientação verde” para nos lembrar constantemente sobre os cuidados ambientais. Na verdade, o problema ecológico é espiritual, bem como económico, científico e político», explicou Monera, a propósito da aula aberta “Bíblia e Ecologia”, que deu no passado dia 8 de Outubro na USJ.
«As pessoas da opulenta Macau têm que examinar os seus próprios estilos de vida, bem como os modelos de produção e de consumo» assinalou.
«[Na encíclica “Laudato Si”] o Papa Francisco culpou a degradação generalizada do Meio Ambiente e o desrespeito pela vida humana, numa cada vez mais comum “cultura do descartável” que não coloca qualquer valor nas necessidades dos outros», porque – conforme vincou – «os homens e as mulheres estão sacrificadas aos ídolos do dinheiro e do consumo».
Para Arnold Monera, «esta “cultura do descartável” também se reflecte nos frequentes desperdícios de comida». E por isso questionou: «Será que o nosso comportamento de consumo pensa sempre na próxima geração?»
P.D.O.