Festa popular de São João Baptista, cinco anos depois
O padre Daniel Ribeiro, SCJ, vai abençoar este sábado a edição de 2024 do Arraial de São João, em cerimónia agendada para as 15:00 horas. O certame volta este fim-de-semana a ser organizado, na Torre de Macau, depois de uma interrupção de cinco anos.
Cinco anos depois, Macau volta a celebrar a Festa do seu Padroeiro, São João Baptista, com a organização de um arraial popular. A iniciativa é promovida pela Associação dos Macaenses – em colaboração com a Casa de Portugal em Macau, a Associação dos Jovens Macaenses, o Instituto Internacional de Macau e outras entidades de matriz lusófona – e tem este ano nova morada.
Dada a impossibilidade de voltar a ser realizado no Bairro de São Lázaro, o Arraial vai ter lugar no espaço exterior da Torre de Macau, por onde vão passar durante o fim-de-semana várias bandas locais. Ao palco do Arraial vão subir diversos artistas e agrupamentos locais, com particular destaque para Giulio Acconci, Banda da Casa de Portugal, “Cotton Kids”, “Concrete Lotus” ou o grupo folclórico “Macau no Coração”.
«O Arraial decorre no sábado e no Domingo, a partir das 14 horas e 30 até às 22:00 horas. No sábado, acredito que poderemos ir um bocadinho até mais tarde, segundo a lei em vigor», começou por referir Miguel de Senna Fernandes, em declarações a’O CLARIM. «É uma festa para todos! É este o espírito que sempre norteou o Arraial de São João», afirmou o presidente da Associação dos Macaenses.
Na Festa do Padroeiro da cidade haverá também algumas das iguarias mais emblemáticas da quadra. Um total de 28 tendas, da responsabilidade de diferentes entidades e organizações, vão servir bifanas, sardinhas assadas e outros acepipes. O objectivo é fazer com que o Arraial de São João se mantenha o mais genuíno possível, ainda que a mudança para um novo espaço pressuponha novos desafios. «A minha única preocupação são as limitações do ponto de vista orçamental, uma vez que temos um orçamento bastante reduzido. A Torre de Macau prontificou-se a facultar-nos apoio logístico, e esse apoio é bem-vindo, mas vamos ter este ano despesas que não tínhamos no passado, como é o caso da despesa com a electricidade. O Arraial tem que ser comemorado à noite, o que implica o uso de mais electricidade», sublinhou Miguel de Senna Fernandes.
Mais: «dado que as despesas são grandes, pela primeira vez pedimos que os participantes pagassem um depósito. Este depósito nunca foi pedido no passado, porque nunca pagámos a electricidade, muito embora se tenha discutido a possibilidade de ser cobrado um valor pela participação. Essa possibilidade nunca se concretizou, mas desta vez não tivemos alternativa. Daqui para o futuro, iremos cobrar uma quantia, ainda que simbólica, para acorrer às despesas inesperadas», disse o dirigente.
Para além das tradicionais barraquinhas de comes-e-bebes, o Arraial vai contar ainda com tendas que vão disponibilizar artigos de artesanato ou mesmo livros e publicações. O Jardim de Infância D. José da Costa Nunes vai igualmente marcar presença, proporcionado jogos e brincadeiras aos agregados familiares que se desloquem ao Arraial.
M.C.