Centro Newman ensina a “pensar fora da caixa”
O Centro de Cultura e Artes Performativas Cardeal Newman vai promover, no início de Setembro, uma exposição sobre pintura paisagística tradicional chinesa. Esta tarde, o destaque vai para outra corrente artística: o Surrealismo.
Um exercício para desconstruir a realidade e levar os participantes a pensar de forma diferente. É esta a proposta do Centro de Cultura e Artes Performativas Cardeal Newman para as próximas duas sextas-feiras. A organização, de matriz católica, promove ao final da tarde de hoje, entre as 19:00 e as 21:00 horas, a segunda de três acções de formação sobre uma das mais influentes correntes artísticas do Século XX, o Surrealismo.
Ministrados por Véronique Wong, os “workshops” – o primeiro decorreu na sexta-feira passada – destinam-se a adultos e têm como objectivo demonstrar que é possível abordar a vivência do quotidiano com criatividade, mesmo que o ritmo frenético do dia-a-dia pareça não deixar margem de manobra para a imaginação e para a criação artística. “Qual a ligação entre criatividade e Surrealismo? O Surrealismo, como movimento artístico, é algo que nos convida a ‘pensar fora da caixa’. Nós, os adultos, vivemos num mundo com diferentes normas e diferentes regras. Muitos de nós fomos moldados para pensar de determinada forma e quase nos transformámos em ‘robots’. Fomos ensinados a pensar e a agir da forma como a sociedade espera que pensemos e que actuemos”, sublinha o Centro Cardeal Newman, numa resposta escrita enviada a’O CLARIM. “Essa foi a razão pela qual decidimos avançar com esta série de acções de formação, com a esperança de despertar a criatividade que temos adormecida dentro de nós. Queremos despertar a criatividade através da introdução ao Surrealismo, mas também através de métodos para colocar em prática a abordagem surrealista. Os ‘workshops’ são uma oportunidade para ficar a conhecer a obra de Antoni Gaudi e de outros artistas”, explica ainda a organização, com sede na Calçada da Vitória.
Para o corrente mês estavam ainda previstas acções de formação destinadas a um público infanto-juvenil em que seria dada a oportunidade aos participantes de construir jardins em miniatura e matrioskas, mas a iniciativa acabou por ser adiada para o Outono devido a imprevistos de natureza técnica.
Já para a primeira metade de Setembro está prevista uma exposição colectiva de pintura tradicional chinesa. Em exibição vão estar trinta trabalhos, da autoria de onze artistas. “Vamos organizar uma exposição conjunta de pintura tradicional chinesa. As obras, que se focam em paisagens, foram pintadas pelos alunos da acção de formação sobre pintura paisagística da dinastia Song que organizámos recentemente. A mostra vai permanecer patente ao público entre 2 e 17 de Setembro, excepção feita às segundas-feiras”, informa o Centro Cardeal Newman.
M.C.