Ásia e África ganham preponderância
O padre verbita José Ángel Hernández disse a’O CLARIM que a actividade dos Missionários do Verbo Divino está a ganhar preponderância nos continentes asiático e africano, dois pontos fulcrais do planeta onde a missionização é uma prioridade.
«Estamos presentes em mais de sessenta países e as nossas comunidades são internacionais. Onde quer que estejamos há paróquias verbitas que apoiam as dioceses na ajuda às populações», referiu o sacerdote, ao salientar que está a ser equacionado o reforço da presença na China, porque além da casa provincial em Taiwan, pretendem inaugurar uma outra em Hong Kong que englobará Macau.
Explicou que «a presença mais forte na Ásia está nas Filipinas, na Indonésia e na Índia porque os verbitas integraram-se bem na cultura destes povos e ganharam a confiança dos respectivos Governos, o que tornou mais fácil a missão evangélica».
Apesar de tudo, notou que há alguns problemas no Norte da Índia, embora não sejam ainda graves: «Não somos perseguidos pelas populações onde temos missões, mas no Norte da Índia alguns grupos étnicos não têm permitido a evangelização de outra religião, pois são muito zelosos do hinduísmo».
No computo geral, mostrou-se optimista com o trabalho desenvolvido no continente asiático: «Além de termos seminários e de promovermos o Ensino Primário, Secundário e Universitário, a nossa congregação também tem um hospital em Bohol, nas Filipinas, e uma casa de retiro espiritual na Índia. A missão está a crescer no Vietname e na Coreia do Sul. Temos ainda missões no Japão, na Tailândia…».
Sudão do Sul
A presença em África encontra-se essencialmente nos países mais pobres, tais como Moçambique, Zimbabué, Gana e Congo, entre outros. O padre Matthias Christian, que exerceu o cargo de professor-assistente na Universidade de São José, não tem tido mãos a medir no Sudão do Sul.
«É difícil compreender a situação no Sudão do Sul. Recentemente, as negociações de paz falharam outra vez. As pessoas mal sabem o que vai acontecer. A economia está em situação crítica. A moeda é depreciada com facilidade, levando à subida das despesas diárias. Os líderes eclesiásticos condenaram a guerra e a posse de armamento», descreve o padre Christian num “e-mail” a que O CLARIM teve acesso. «Como e por onde vamos começar se quisermos resolver o problema?», questiona, ao sustentar que «a situação em curso no País é complexa e diversificada em muitos sectores, enquanto a espera pelo cultivo de uma nova visão requer tempo».
PEDRO DANIEL OLIVEIRA