«Dizei por esse mundo fora: “Eu sou macaense, eu sou católico!”», Pe. Daniel Ribeiro, SCJ
A habitual missa diária em Português das 18:00 horas na Sé Catedral foi, na passada terça-feira, de especial importância para a comunidade macaense que vive na diáspora.
O bispo D. Stephen Lee presidiu à Eucaristia, coadjuvado pelo padre Daniel Ribeiro, SCJ, tendo dado as boas vindas aos “filhos da terra” que um dia partiram rumo a outras paragens. Alguns dos fiéis presentes já pertencem à segunda e terceira gerações nascidas nos países que outrora acolheram os pais e avós.
A homilia esteve cargo do padre Daniel, que junto da imagem de Nossa Senhora, cuja devoção é uma constante no seio das comunidades macaenses no estrangeiro, começou por referir que a celebração da Missa coincidia com o dia da «Festa de São Francisco Xavier», para lembrar que, tal como o missionário jesuíta, também «muitos de vós saíram da casa dos pais, neste caso, de Macau», embora «Macau não tenha saído de vós».
Para o vigário paroquial da Sé Catedral para a comunidade de língua portuguesa, «a visita agora feita a Macau não estaria completa sem a participação numa missa», pois – de acordo com o sacerdote – «se Macau é a casa dos pais, a Igreja em Macau é a casa da fraternidade».
Neste âmbito, o padre Daniel defendeu que «os macaenses não devem esquecer as suas origens, as suas raízes, para que não percam a sua identidade. De outra forma, também deixarão de ter orgulho nas suas raízes, dado que perdem as referências dos seus antepassados». No entanto – continuou – «há também que alimentar as raízes da nossa fé; a raiz que nos faz ser católicos».
Ainda imbuído no espírito missionário de São Francisco Xavier, o padre Daniel recordou a passagem do Evangelho, segundo São Marcos (16, 15) – «Ide pelo mundo inteiro e proclamai o Evangelho a toda criatura» –, tendo acrescentado: «Também nós somos missionários. A Jesus nos unimos pelo Baptismo. Somos Seus discípulos e missionários. Tenham, pois, orgulho nas vossas origens. Dizei por esse mundo fora: “Eu sou macaense, eu sou católico!”. Encarem este facto como um tesouro que Deus vos confiou».
J.M.E.