Escuteiros e ECOnscious limpam areal em Coloane
A “Hora do Planeta”, iniciativa que há mais de uma década procura sensibilizar para a protecção do ambiente e para o combate às alterações climáticas, volta amanhã a ser assinalada. No território, a data não foi esquecida.
O Grupo de Escuteiros Lusófonos de Macau (GELMac) antecipou a “Hora do Planeta” numa semana e aliou-se a um grupo ambientalista local para uma acção de limpeza na orla costeira, que resultou na recolha de cerca de cem quilogramas de lixo, entre plásticos, madeira e outros detritos. A acção, organizada pela plataforma ambientalista Macau ECOnscious, contou com o contributo de 25 lobitos, disse a’O CLARIMo chefe de agrupamento do GELMac, Nelson António. «A actividade foi organizada, precisamente para assinalar a “Hora do Planeta”. Participaram 25 lobitos e foram recolhidos cem quilos de lixo», começou por afirmar, acrescentando: «Com a Macau ECOnscious é a segunda vez que colaboramos. O ano passado participou o agrupamento todo. A título individual, o GELMac já levou a cabo outras acções de limpeza costeira, enquadradas nas nossas actividades».
Ao longo do ano, o GELMac promove ou associa-se a várias iniciativas de cariz ambiental, um desígnio que vai ao encontro dos princípios sob os quais se alicerça o próprio movimento escutista. «Uma das nossas leis é “O Escuta protege as plantas e os animais”. Procuramos, portanto, incluir essas temáticas nas nossas actividades para que os jovens estejam sensibilizados para a questão ambiental e a sua conservação», sublinhou Nelson António.
POR MAIS CONSCIÊNCIA AMBIENTAL
A “Hora do Planeta” também não foi esquecida pela missão claretiana em Macau e Hong Kong. Amanhã, último sábado de Março, as casas, ruas, edifícios e monumentos irão apagar as luzes para mostrar o seu apoio a esta causa, promovida pelo Fundo Mundial para a Natureza desde 2007; é esse o apelo que é feito também pela Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria.
Em Hong Kong, a capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na aldeia piscatória de Tai O, vai desligar as luzes entre as 20 horas e 30 e as 21 horas e 30. Em Macau, os claretianos não promovem directamente nenhuma iniciativa, mas o padre Jijo Kandamkulathy desafia os católicos locais a assinalaram a “Hora do Planeta” e a desligarem a electricidade durante sessenta minutos, para demonstrarem o seu compromisso com a sustentabilidade ambiental. «Zelar pela Terra, pela nossa casa comum tem sido um tema consistente, algo de que o Papa Francisco nos tem vindo a lembrar desde a publicação da carta encíclica Laudato Si. O Papa exorta a Igreja e todos os seus membros a tomarem passos activos que possam conduzir à protecção do planeta e a lembra os líderes de todo o mundo a ser mais pro-activos na defesa do ambiente», disse o missionário claretiano. «Mas a “Hora do Planeta” é mais do que uma hora pelo planeta. É um movimento pelo nosso próprio futuro, para o benefício das pessoas e do planeta. É não só um símbolo de solidariedade, mas também um catalisador de mudança, que procura potenciar o poder do colectivo», rematou o padre Jijo.
M.C.