FRANCISCANAS MISSIONÁRIAS DE NOSSA SENHORA CELEBRARAM A SUA PADROEIRA

FRANCISCANAS MISSIONÁRIAS DE NOSSA SENHORA CELEBRARAM A SUA PADROEIRA

Porquê o nome de Nossa Senhora dos Anjos?

No passado dia 2 de Agosto, a Família Franciscana celebrou a Festa de Nossa Senhora dos Anjos.

Mère Louise Mabille, a primeira Superiora Geral das Franciscanas Missionárias de Nossa Senhora, colocou a Congregação nascente sob a protecção especial da Augusta Padroeira das Ordens de nosso Pai São Francisco e determinou que a solenidade consagrada a Nossa Senhora dos Anjos fosse celebrada por toda a parte com brilho. Por isso, o dia 2 de Agosto é a festa da Mãe e Padroeira das Franciscanas Missionárias de Nossa Senhora.

As nossas Constituições apontam-nos Maria como modelo de contemplação, de atenção às necessidades dos outros, de acolhimento, de serviço e de disponibilidade.

Temos o dever de A venerar e de Lhe mostrar o nosso amor filial. Todos os dias, em honra da nossa querida Mãe, recitamos o Rosário e rezamos ou cantamos, em todas as Comunidades dos 16 países onde nos encontramos, “Santa Maria, Mãe de Deus”.

A propósito, gostaríamos de partilhar com os nossos estimados leitores: porquê o nome de Nossa Senhora dos Anjos?

Num dia de 1205, Francisco de Assis entrou na pequena igreja de São Damião em busca de paz. Aí recebeu de Cristo a vocação-missão de “reparar a Sua casa”. Francisco compreendeu bem que a “casa” do Senhor eram as pessoas. Mas viu que também aquela pequena igreja de São Damião precisava de reparação. E logo se pôs a restaurar a Igreja. Terminou e foi reparar outra pequena igreja (São Pedro) dentro da cidade de Assis. E dirigiu-se depois para Santa Maria dos Anjos, uma capela que ficava a uns dois quilómetros de Assis. Pertencia aos Beneditinos. Francisco pediu licença para a restaurar. Os Beneditinos permitiram e ofereceram a capelinha a Francisco. Era tão pequena que até o povo lhe dava o nome de “Porciúncula”.

Depois de a ter reparado, Francisco ali começou a viver, à sombra de Santa Maria dos Anjos. Ali recebeu os jovens que vieram para viver como Francisco, com os quais se formou a I Ordem Franciscana. Ali veio ter Clara de Assis, em 1212, com a qual se deu origem à II Ordem Franciscana (Clarissas). Ali Francisco começou a receber pessoas que, vivendo nas suas famílias e nos seus trabalhos, queriam viver também o Evangelho como ele fazia, pessoas com as quais se deu origem à III Ordem Franciscana (Ordem Franciscana Secular).

Francisco sentia-se tão bem ali, sob a protecção de Nossa Senhora dos Anjos, que fez daquele lugar a sua “residência” habitual e ali veio a falecer na tardinha do dia 3 de Outubro de 1226.

Aos irmãos tinha dito: «Fazei todo o possível por nunca abandonardes este local, que é verdadeiramente santo. Aqui o Senhor nos fez nascer e crescer, e aqui iluminou os corações dos pobres com a luz da sua divina sabedoria».

Ali, em Santa Maria dos Anjos, Francisco encontrava a paz que enchia o seu coração e dele irradiava. E via que também os irmãos ali encontravam a paz.

Francisco recebera a missão de “reparar a casa do Senhor”. Por esses tempos, havia gente que, em busca de paz, ia em peregrinação até Jerusalém, até Roma, até Santiago de Compostela. O Espírito Santo levou Francisco a pensar que Santa Maria dos Anjos podia ser também um lugar privilegiado de encontro com Deus para receber a graça, a misericórdia, a indulgência, o perdão, a paz. E dirigiu-se ao Papa a pedir um “privilégio”: que pudessem obter indulgência, misericórdia, perdão e paz os peregrinos que que visitassem aquele lugar. Esta graça foi concedida. É a “indulgência da Porciúncula” (o “perdão de Assis”), que foi concedida no dia 2 de Agosto de 1216 e nesse dia, pela primeira vez, foi celebrada. Nesse dia se fixou. Mais tarde a indulgência foi concedida às igrejas franciscanas, espalhadas pelo mundo, muitas delas dedicadas também a Nossa Senhora dos Anjos.

Irmã Maria Lúcia Fonseca 

Franciscanas Missionárias de Nossa Senhora

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