O Caminho da Beleza pela lente de António Leong
Uma nova exposição da autoria de António Leong, conceituado fotógrafo local, reúne na galeria do Centro Diocesano perto de quatro dezenas de fotografias de dezasseis igrejas e capelas locais. Intitulada “Via Pulchritudinis”, a mostra permanece patente ao público até 28 de Julho.
Várias igrejas de Macau vão ser este sábado o mote de uma acção de formação sobre fotografia, ministrada por António Leong, fotógrafo local que ao longo dos últimos anos se notabilizou por uma vasta obra, centrada no património local – tangível e intangível – de matriz católica.
Organizado pela Associação Católica Cultural de Macau, o “workshop” é conduzido pelo segundo fim-de-semana consecutivo e complementa a exposição “Via Pulchritudinis: Património Mundial Católico de Macau”. Inaugurada a 11 de Julho, numa cerimónia que contou com a presença do bispo de Macau, D. Stephen Lee, a mostra reúne 37 fotografias, obtidas ao longo dos dois últimos anos por António Leong em dezasseis igrejas e capelas do território. A exposição permanece aberta ao público nas instalações do Centro Diocesano até 28 de Julho.
Durante a cerimónia de inauguração, D. Stephen Lee recordou que o Papa Francisco se refere ao conceito “Via Pulchritudinis” – o Caminho da Beleza – em várias ocasiões na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium.
Na ocasião, o prelado defendeu que proclamar Cristo passa não apenas por acreditar que os seus ensinamentos são algo bom e verdadeiro, mas também algo belo, capaz de preencher a vida com um novo esplendor e com profunda alegria. A expressão da verdadeira beleza, argumentou, pode ser por isso reconhecida como um caminho que conduz ao encontro com Jesus Cristo.
Já o autor das fotografias lembrou que a matéria-prima do seu trabalho é a luz. O fotógrafo explicou que usa a luz para escrever, moldar e reproduzir o ambiente de paz e tranquilidade que se respira nas igrejas do território. António Leong espera que a exposição possa servir de pretexto para que residentes locais e visitantes possam abrandar o ritmo com que vivem o quotidiano e redescobrir uma cidade que apesar de pequena é historicamente e culturalmente diversificada.
No mesmo dia em que a exposição foi inaugurada, a Associação Católica Cultural de Macau lançou ainda um livro-catálogo que reúne as quase quarenta fotografias que dão corpo à mostra. O volume pode ser adquirido em Macau e Hong Kong. «Este livro pode ser adquirido na galeria do Centro Diocesano e nas instalações da Associação Católica Cultural, na Livraria São Paulo, no Centro Católico de Hong Kong e na Feira do Livro de Hong Kong», referiu Joni Cheng, em declarações a’O CLARIM. «No que diz respeito às acções de formação, ambos esgotaram quase de imediato. O de sábado passado contou com quinze participantes, o mesmo número que deve participar no “workshop” este fim-de-semana», concluiu a directora executiva da Associação Católica Cultural de Macau.
M.C.