Fermento de vida para bem da sociedade
A Comissão Diocesana da Juventude e a Rede de Serviços Juvenis Bosco juntaram forças e promoveram, na passada terça-feira, uma jornada de reflexão destinada a assistentes sociais e terapeutas educacionais. A iniciativa, que decorreu nas instalações do Centro Diocesano, atraiu cerca de trinta profissionais e analisou o papel dos trabalhadores do sector do serviço social como agentes de mudança nos estabelecimentos de ensino.
Nas escolas e fora delas, os assistentes sociais são sinónimo de cuidado, acolhimento, empatia e humanidade, pelo que o encontro de terça-feira serviu, em grande medida, para debater e nutrir essa dimensão, tendo como ponto de partida o lema “Como fermento na família humana hoje”, que norteou a acção da família salesiana ao longo do corrente ano.
«Fomos convidados pela Rede de Serviços Juvenis Bosco para co-organizar este retiro, no qual participaram pouco mais de trinta pessoas, todas elas bastante jovens. Trabalham como assistentes sociais e como terapeutas educacionais, desenvolvem trabalho de aconselhamento em diferentes escolas, a maior parte das quais de matriz católica», explicou Tammy Chio, em declarações a’O CLARIM. «A Rede Bosco organiza todos os anos um retiro direccionado para este grupo, e este ano convidaram-nos para organizar um dia inteiro de actividades. Depois de alguma ponderação, a Comissão decidiu ir além de uma mera palestra e sugerimos conduzir algumas actividades que eles pudessem reproduzir em casa», acrescentou a vice-directora da Comissão Diocesana da Juventude.
Entusiasta da fermentação natural e da arte da panificação caseira, Tammy Chio transformou o desafio que lhe foi lançado numa parábola e recorreu ao processo de fabrico artesanal do pão para explicar de que forma os assistentes sociais que se associaram à iniciativa podem assumir o papel de agentes de crescimento junto das crianças e dos jovens com quem trabalham. Tal como o fermento transforma a massa e a faz levedar, os assistentes e terapeutas têm o poder de nutrir e extrair o melhor das novas gerações. «O objectivo do encontro era debater de que modo nos podemos tornar fermento na nossa vida quotidiana. O facto de eu fazer pão em casa foi uma interessante coincidência. Trata-se de um outro tipo de fermento, mas é uma boa analogia. Dividi os participantes em diferentes grupos e eles seguiram os meus passos; acho que ficaram capacitados para produzir com sucesso o seu próprio pão», salientou a responsável. «Para nos tornarmos fermento, temos de garantir que o poder está dentro de nós. Para nos podermos concentrar nos outros, temos de tomar contar de nós mesmos, temos de garantir que a energia não nos falta e que não estamos a caminhar para o esgotamento. Esta foi uma das recomendações que lhes dei. Também lhes disse que é importante termos tempo para Deus, que é necessário deixar algum espaço para Deus para que ele possa trabalhar através de nós», disse Tammy Chio.
EM LOUVOR AO DEUS-MENINO
É já uma tradição de Natal e este ano não será excepção. O Largo do Senado volta a acolher, ao início da noite de 24 de Dezembro, cânticos e hinos de Natal. A iniciativa, promovida desde 1998, tem como principal objectivo anunciar a Boa Nova do Nascimento de Cristo, mas também ajudar a desmistificar equívocos e afirmar aquilo que é, para muitos católicos, a relevância da verdadeira mensagem da Natividade.
A Comissão Diocesana da Juventude já recebeu luz verde das autoridades locais para levar à “sala de visitas” da cidade a alegria do nascimento do Deus-Menino.
A organização promoveu, no último fim-de-semana, o primeiro dos ensaios com os voluntários que se irão associar ao evento. Todos os residentes e turistas são convidados a “exultar na esperança”, o lema que deu o mote às celebrações do 38.º Dia Mundial da Juventude, efeméride que foi assinalada pela Igreja Católica no passado Domingo. «“Exultar na Esperança” é também o tema que dá o mote à nossa actuação. Estamos ainda a ultimar os detalhes no que toca à escolha das canções que nos possam ajudar a transmitir e a proclamar, o melhor que nos for possível, a mensagem do nascimento de Jesus Cristo junto dos residentes e turistas», referiu Tammy Chio.
O concerto deste ano deverá voltar a mobilizar cerca de sessenta voluntários, na sua esmagadora maioria alunos de escolas e universidades de Macau. A actuação tem a duração de hora e meia. «É muito difícil conseguirmos transmitir a nossa mensagem em apenas uma hora e meia. Temos apenas noventa minutos para proclamar a Boa Nova da vinda de Cristo; é difícil, mas vamos fazer o nosso melhor. Apesar de não serem católicos, muitos daqueles para quem devemos actuar já têm alguma familiaridade com o Natal. Vamos tentar fazer com que percebam que o principal elemento da quadra natalícia não é, propriamente, a árvore, mas sim Jesus, o filho de Deus feito Homem», sublinhou.
Para além da sessão de cânticos natalícios, a Comissão Diocesana da Juventude vai co-organizar, a 20 de Dezembro, uma festa de Natal destinada a crianças e famílias locais. «Temos um grupo quinze voluntários que se vai associar às Missionárias da Caridade, com o propósito de organizar algumas actividades para famílias e crianças de Macau. Já promovemos esta iniciativa no passado e vamos voltar a ajudar este ano. Os nossos voluntários vão lá estar para brincarem com as crianças e dinamizaram os diferentes momentos da festa», concluiu Tammy Chio.
M.C.
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