O Holocausto em memória

CORREIOS DE MACAU: CONGÉNERE PORTUGUESA ASSOCIA-SE AO “PROGRAMA NUNCA ESQUECER”

O Holocausto em memória

Os CTT – Correios de Portugal associam-se ao “Programa Nunca Esquecer – em torno da Memória do Holocausto”, através da emissão de cinco selos em homenagem aos Salvadores Portugueses que, durante a Segunda Guerra Mundial, colocaram as suas vidas e carreiras em risco ao estenderem a mão a vítimas da perseguição nazi, na sua maioria judeus, na Alemanha e nos países ocupados, escondendo-as ou fornecendo-lhes documentos que permitiram que se salvassem.

A homenagem prestada pelos CTT – Correios de Portugal é um justo reconhecimento àqueles que devem constituir exemplo de vida, de cidadania e defesa dos Direitos Humanos. Num mundo que se quer democrático e solidário, isento de discriminação, intolerância e ódio, distinguimos:

Aristides de Sousa Mendes, Cônsul de Portugal em Bordéus, emitiu milhares de vistos a refugiados que desesperadamente tentavam fugir da Europa através de Portugal, em desrespeito das instruções de Salazar e apesar de admoestado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros. A desobediência valeu-lhe o afastamento da carreira diplomática e uma vida de grandes dificuldades. Foi reabilitado em 1988 e reintegrado postumamente na carreira diplomática em Portugal. Em 1998, foi a vez de o Parlamento Europeu o homenagear.

Carlos Sampaio Garrido, Embaixador de Portugal na Hungria, escondeu judeus na Legação de Portugal. Acabaram por ser todos presos, mas Sampaio Garrido lutou pela sua libertação mesmo depois de ter sido substituído na sua função por Alberto Teixeira Branquinho.

Alberto Teixeira Branquinho, Encarregado de Negócios em Budapeste, obteve permissão do Governo Português para emitir salvo condutos a todas as pessoas que tinham parentes em Portugal, Brasil, ou, à data, nas colónias portuguesas. Branquinho foi autorizado a emitir quinhentos salvo-condutos, mas, na realidade, emitiu mais de oitocentos. Estabeleceu várias casas sob a protecção da Legação nacional onde abrigou os judeus a quem tentava dar protecção, apesar dos constantes ataques de que foi alvo.

Padre Joaquim Carreira, Reitor do Pontifício Colégio Português, em Roma, ofereceu abrigo a várias pessoas perseguidas pelos nazis. Embora o Padre Carreira tenha colocado uma placa no exterior do edifício identificando-o como território da Igreja, os alemães fizeram uma busca. Contudo, todos os que ali se encontravam, conseguiram fugir.

José Brito Mendes, Emigrante português que vivia em França, com a sua esposa Marie-Louise de nacionalidade francesa, salvaram Cécile, uma criança judia, filha de um casal judeu vizinho, correndo grande risco de vida.

“Se os Portugueses são como o Cônsul Geral Mendes, são um povo de cavalheiros e de heróis” (Carta de Gisèle Quittner Allatini para Aristides de Sousa Mendes, AHDMNE – Processo Disciplinar de ASM).

Texto da Comissão do Projeto Nunca Esquecer

(editado pel’O CLARIM)

In Clube do Colecionador

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