CLARETIANOS VÃO COMEMORAR ANO NOVO LUNAR COM REFEIÇÃO SOLIDÁRIA

CLARETIANOS VÃO COMEMORAR ANO NOVO LUNAR COM REFEIÇÃO SOLIDÁRIA

Em redor da mesa contra a solidão

Cerca de cinquenta pessoas reúnem-se uma vez por mês, por iniciativa da Congregação Claretiana, para uma refeição que tem por objectivo combater a solidão. O próximo encontro está previsto para o início de Fevereiro, por ocasião da comemoração da chegada do Ano Lunar do Dragão.

Mais importante do que a refeição é a companhia. A Missão Claretiana vai reunir à mesa, por ocasião do Ano Novo Lunar, residentes de Macau que vivem sozinhos ou que queiram fazer novos amigos.

A iniciativa dá continuidade ao trabalho que os claretianos desenvolveram durante o período em que Macau esteve sujeito às medidas anti-Covid 19, ao abrigo do programa “Mother’s Meal”. Durante quase três anos, o projecto distribuiu milhares de refeições e de cabazes alimentares por indivíduos e agregados familiares que foram severamente afectados pela pandemia.

Actualmente, as perspectivas económicas melhoraram após o fim das medidas de contingência adoptadas pelas autoridades locais, mas em vez de pura e simplesmente extinguir o programa, a Missão Claretiana optou por direccionar a sua atenção para um flagelo que vem ganhando mais expressão nas sociedades modernas: a solidão.

Estudos recentes, conduzidos pela Universidade de Harvard e por outras instituições de Ensino Superior um pouco por todo o mundo, equiparam o impacto do isolamento social e da solidão a vícios como o tabaco e o álcool. Macau não é excepção!

Ao longo dos últimos meses, a Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria juntou por várias ocasiões cerca de meia centena de pessoas ao redor da mesa, para uma refeição que tem servido para minimizar os efeitos da solidão.

«Continuamos a servir refeições, ainda que de forma menos regular do que antes. Na verdade, o projecto está agora a assumir uma direcção completamente diferente, no sentido em que procuramos garantir o acompanhamento de pessoas, na sua esmagadora maioria idosas, que se sentem sós. Estas pessoas participam nestas refeições não porque sejam propriamente pobres, mas por causa da solidão. São pessoas que não têm ninguém que tome conta delas», explicou a’O CLARIM o padre Jijo Kandamkulathy.

«Reunimo-nos habitualmente uma vez por mês. Estivemos reunidos em Novembro, em Dezembro e o próximo encontro vai realizar-se por ocasião do Ano Novo Chinês. Normalmente participam nestes encontros entre quarenta a cinquenta pessoas. Todos ou quase todos têm acima dos sessenta anos», referiu o sacerdote.

A data da próxima refeição ainda não está definida.

Marco Carvalho

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