Vale a pena publicar em Português
O jornalista Carlos Morais José, responsável pelas editoras COD e Livros do Meio, disse a’O CLARIM que faz todo o sentido apostar na publicação de obras em Português na RAEM, porque «é uma língua oficial de Macau, convém mantê-la viva e dar-lhe também dignidade naquilo que é dito e escrito em Português».
No seu entender, «há um patamar linguístico e conhecimento que é atingido pelo Português», facto ao qual tem dado «muita importância», por ser «uma porta para pessoas locais entrarem e terem acesso ao mundo», visto «não ser apenas através do Chinês e do Inglês» que isso acontece, até porque «o Português também dá essa possibilidade».
Nesse âmbito, a COD lançou ontem, no auditório do Consulado de Portugal, a segunda obra de ensaios da colecção “Cadernos Hoje”, intitulada “Escritos de Amor e Desafecto”, de António Conceição Júnior, na sequência do lançamento, na Galeria da Fundação Rui Cunha, de “Norberto Bobbio – A Tradição Europeia da Liberdade”, de Arnaldo Gonçalves.
Na próxima quarta-feira será publicado “O Pintor no seu Labirinto – Histórias da Pintura na China”, de Paulo Maia e Carmo, pela editora Livros do Meio. «Deixa-me satisfeito, porque os apoios que consegui para editar este livro sobre cultura chinesa foi junto da comunidade portuguesa, nomeadamente da Casa de Portugal», salientou Carlos Morais José.
Entre outros temas, estará na forja a publicação da autobiografia do imperador Kangxi, considerada pelo editor como «um livro interessantíssimo, com cartas do imperador que abordam a sua vida e a forma como exerceu o poder». As referidas obras estão à venda na Livraria Portuguesa.
P.D.O.