Macau Solidário

CAMPANHA DECORRE ATÉ 5 DE ABRIL

Macau quer ajudar Portugal a derrotar o Covid-19

O objectivo é escorreito e inequívoco: fazer chegar o mais rapidamente possível aos hospitais portugueses material de protecção para os profissionais de saúde que se encontram na primeira linha de combate ao novo coronavírus. O desígnio está na origem de um movimento inédito de solidariedade que reúne dezassete associações e instituições da RAEM e que conta com o apoio institucional do Consulado Geral de Portugal em Macau e Hong Kong e da AICEP Portugal Global.

O Banco Nacional Ultramarino (BNU) anunciou esta semana a abertura, em parceria com dezassete associações e instituições de matriz portuguesa, de uma conta solidária de angariação de fundos que tem por grande objectivo a aquisição e o envio de material de protecção para os profissionais de saúde que se encontram na primeira linha do combate ao Covid-19 nos hospitais portugueses.

A conta, com o número 9016556516 e designada COVID19 – Portugal Conta Solidariedade, é gerida em exclusivo pelo BNU na qualidade de parceiro operacional da iniciativa e vai permanecer aberta até 5 de Abril. O montante angariado será depois aplicado na aquisição de máscaras, óculos e de outro material de protecção, de acordo com as especificações técnicas definidas numa lista de necessidades compilada pelo Ministério da Saúde de Portugal. O propósito, explicou Amélia António na conferência de Imprensa de apresentação da iniciativa, esta semana no Auditório do Consulado Geral de Portugal em Macau e em Hong Kong, passa pela «aquisição da maior quantidade possível de equipamentos». «Andamos a ver quem é mais rápido, se é o vírus ou se somos nós. O material, como bem sabemos, há muita falta dele. Numa primeira linha, estamos a apontar para a aquisição de batas, de protecções para os sapatos, de viseiras e óculos, e de máscaras», disse a presidente da Casa de Portugal em Macau. «Por outro lado, estamos também a equacionar a aquisição de testes de despistagem do novo coronavírus e de tudo aquilo que é necessário para que os testes sejam realizados», acrescentou Amélia António.

O processo de aquisição dos materiais vai ser coordenado pela AICEP Portugal Global e o envio fica a cargo da Embaixada de Portugal na República Popular da China, através de um voo fretado pelo Governo português. O destinatário dos equipamentos é o Ministério da Saúde, que se encarregará de os distribuir por diferentes unidades hospitalares, de acordo com as necessidades mais prementes.

A abertura de uma conta solidária é apenas um dos aspectos da campanha. A Associação Promotora da Instrução dos Macaenses (APIM) e a Associação dos Jovens Macaenses (AJM) disponibilizaram espaços para recolha e armazenamento de equipamentos de protecção que possam vir a ser oferecidos directamente no território e que tenham como destinatários os profissionais de saúde portugueses.

Marco Carvalho

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