Quotidianos de mediocridade
O escritor e artista António Conceição Júnior lançou, na passada segunda-feira, o livro de crónicas “Quotidianos”, no qual o leitor é convidado a fazer uma incursão pelos pressupostos fundamentais da própria existência numa cidade onde impera a mediocridade, como é o caso de Macau.
«Vivemos um período que considero ser perfeitamente medíocre. A mediocridade tomou conta de Macau. E isto é algo que assumo frontalmente e não tenho problemas em dizer em qualquer lado.
Na sociedade em que vivemos estamos a ser governados e dirigidos pela mediocridade. Isto é terrível, porque, de facto, sente-se isso a cada momento», referiu Conceição Júnior, durante a apresentação da obra no auditório do Consulado-geral de Portugal em Macau e Hong Kong.
Para o cônsul-geral Vítor Sereno, «a importância e a actualidade desta obra para Macau, destes 43 textos brilhantemente compilados, as visões do autor e o momento histórico que regista, sugerem várias reflexões». O diplomata acrescentou que Conceição Júnior «é uma figura que ao longo das últimas décadas deu um forte contributo» para «este Macau multicultural» e para «o diálogo entre Portugal, a RAEM e a República Popular da China».
«Artista multifacetado, escritor, autor de banda desenhada, artista plástico, criador de moda, professor, consultor de arte, praticante de aikido, homem do desporto, com forte ligação ao seu clube de sempre, o Sporting…», listou Vítor Sereno, ao descrever Conceição Júnior. A obra foi apresentada pelo investigador Luís Sá Cunha.
P.D.O.