Vaticano

Papa em viagens “recorde” a Estrasburgo e Turquia

O porta-voz do Vaticano apresentou em conferência de Imprensa, na passada segunda-feira, as próximas viagens internacionais do Papa Francisco, a Estrasburgo (25 de Novembro) e à Turquia (28 a 30 de Novembro), numa sequência inédita.

Segundo o padre Federico Lombardi, a proximidade entre as visitas está ligada à actividade programada dos eurodeputados e à celebração da festa de Santo André (30 de Novembro), ocasião para a qual o patriarca ecuménico Bartolomeu (Igreja Ortodoxa) convidou o Papa para visitar a Turquia.

A viagem a Estrasburgo, França, será também a mais breve viagem internacional realizada por um pontífice, com duração prevista de menos de quatro horas, durante as quais o Papa Francisco pronunciará dois discursos, um ao Parlamento Europeu e o outro ao Conselho da Europa.

O porta-voz do Vaticano assinalou, a este respeito, que a visita tem como destinatária «a Europa» e não terá qualquer conotação pastoral ou religiosa, dado que Francisco vai regressar a França em 2015 para uma visita apostólica.

Na Turquia, além dos encontros com as comunidades católicas e ortodoxa, o Papa visitará o Museu de Santa Sofia e depois a Mesquita Azul, onde será recebido pelo grão-mufti e por um imame; Francisco vai ainda cumprimentar o grão-rabino da Turquia.

O director da Sala de Imprensa da Santa Sé precisou que não está previsto qualquer encontro com refugiados do Médio Oriente para além da sua eventual participação nas celebrações a que o Papa vai presidir.

A viagem conclui-se a 30 de Novembro, festa litúrgica de Santo André, patrono da Igreja de Constantinopla, com uma celebração na igreja patriarcal de São Jorge, a bênção ecuménica e a assinatura de uma declaração conjunta católico-ortodoxa.

No total, o Papa vai estar na Turquia durante pouco mais de 48 horas, pronunciando dois discursos e uma homilia.

 

Migrações

Também na passada segunda-feira, o presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes (CPPMI), da Santa Sé, pediu em Roma que se superem os preconceitos e a hostilidade em relação aos imigrantes.

«Nesta era de migrações sem precedentes existe por vezes uma tendência para olhar o estrangeiro com receio e temor. Em vez de acolhimento e solidariedade, os movimentos migratórios suscitam receio e hostilidade, desconfianças e preconceitos», disse o cardeal D. Antonio Maria Vegliò, na abertura do sétimo Congresso Mundial do CPPMI.

A iniciativa, que decorre até hoje na Universidade Pontifícia Urbaniana, em Roma, tem como tema “Cooperação e desenvolvimento na pastoral das migrações”.

O congresso tem três pontos em agenda: a diáspora e cooperação para o desenvolvimento do mundo e da Igreja; os migrantes como parceiros nos países de origem, trânsito e destino; e a dignidade do migrante, criado à imagem e semelhança de Deus e que traz impressa em si a imagem de Cristo migrante.

In ECCLESIA

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