Papa condena «grave ataque» contra igrejas na Indonésia
O Papa condenou o «grave ataque» contra três igrejas na Indonésia, que provocou pelo menos onze mortos, mostrando-se «particularmente próximo» do seu povo.
Francisco falava no Vaticano, após a recitação do Regina Coeli, lamentando o «grave ataque contra os locais do culto».
Na intervenção deixou uma oração pelas vítimas e seus familiares: “Invoquemos juntos o Deus da paz, para que faça cessar estas acções violentas” e haja no coração de todos sentimentos de “reconciliação e fraternidade”, em vez de “ódio e violência”, apelou o Papa, que convidou os presentes a rezar em silêncio pelas vítimas dos ataques bombistas suicidas.
As explosões ocorreram em Surabaya, a segunda maior cidade da Indonésia, tendo provocado ainda dezenas de feridos.
Os ataques aconteceram depois de as autoridades indonésias terem posto fim a uma crise de reféns num centro de detenção perto de Jacarta, uma acção reivindicada pelo movimento extremista Estado Islâmico.
O Presidente da Indonésia, Joko Widodo, condenou o que qualificou como um «acto bárbaro».
As autoridades locais adiantam que uma das bombistas se fez acompanhar no ataque por duas crianças.
MÉDIO ORIENTE
O responsável do Vaticano pelo acompanhamento das Igrejas no Médio Oriente, cardeal D. Leonardo Sandri, apelou ao «bom senso» dos governantes para evitar o agravamento dos conflitos na região.
«Desejamos que todas estas situações sejam superadas com prudência, sabedoria e bom senso de todos os que têm responsabilidade», disse o prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais (Santa Sé) ao portal “Vatican News”.
A abertura da embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém, na passada segunda-feira, foi acompanhada por protestos e violência, com 37 mortos e 198 feridos em protestos palestinos contra a localização da nova representação diplomática dos norte-americanos em Israel.
D. Jacinto Boulos Marcuzzo, vigário patriarcal para Jerusalém e a Palestina (Igreja Católica), referiu ao “Vaticano News” que o sentimento entre os cristãos é de «tristeza».
«Já não há esperança de se chegar a uma trégua», assinalou.
Para este responsável, a decisão da administração Trump vai «contra a história, contra a justiça e contra o bem da população de Jerusalém».
O Papa Francisco vai promover a 7 de Julho uma jornada de reflexão e oração pelo Médio Oriente, uma iniciativa ecuménica marcada para a cidade italiana de Bari.
In ECCLESIA