Papa pede políticas em favor dos mais jovens
O Papa defendeu no Vaticano a criação de «oportunidades de emprego», especialmente para os mais jovens, e a luta contra as desigualdades sociais.
Francisco falava, na passada segunda-feira, no discurso anual aos membros do corpo diplomático acreditado na Santa Sé, lembrando que «demasiadas pessoas, especialmente crianças», sofrem por causa da pobreza e da fome.
O discurso lembrou que há cem anos o mundo vivia um período negro de guerra e que, ainda hoje, a paz é para muitos «apenas uma miragem distante».
«Milhões de pessoas vivem ainda no meio de conflitos sem sentido. Mesmo em lugares outrora considerados seguros, nota-se uma sensação geral de medo», lamentou.
O Papa convidou os líderes políticos a rejeitar ideologias que procurem fomentar «o desprezo e o ódio».
Apresentando a misericórdia como «valor social», o pontífice agradeceu a todos os chefes de Estado ou de Governo que responderam positivamente ao seu convite de realizar «um acto de clemência para com os reclusos» durante o último Jubileu (Novembro 2015-Dezembro 2016).
«É na perspectiva da misericórdia e da solidariedade que se coloca o empenho convicto da Santa Sé e da Igreja Católica por afastar os conflitos ou acompanhar processos de paz, reconciliação e busca de soluções negociadas para os mesmos», disse depois.
A intervenção pediu que se respeitem os compromissos assumidos no Acordo de Paris sobre o clima, que entrou recentemente em vigor, promovendo uma «cooperação cada vez mais ampla» perante os problemas colocados pelas alterações climáticas.
O encontro decorreu na Sala Régia do Palácio Apostólico do Vaticano e começou com uma saudação do decano do corpo diplomático, Armindo Fernandes do Espírito Santo Vieira, embaixador de Angola.
O diplomata angolano evocou o centenário das Aparições de Fátima, semente de «boa vontade e de perdão» para «uma verdadeira transformação pessoal».
In ECCLESIA