Vaticano

Papa vai falar aos líderes da economia mundial

O Papa Francisco vai acolher em Roma vários responsáveis económicos mundiais, numa iniciativa da revista Time sobre economia global e desenvolvimento.

Num comunicado a publicação explica que este fórum global vai ter lugar na capital italiana nos dias 2 e 3 de Dezembro, culminando com “uma audiência especial com o Papa Francisco, no Vaticano”.

Presentes estarão os directores-gerais das quinhentas empresas mais bem-sucedidas do momento, membros da lista das cem pessoas mais influentes do mundo, segundo a revista Fortune, e vários líderes económicos, académicos e religiosos.

Durante o fórum vão estar em cima da mesa diversas questões que preocupam a comunidade internacional, desde a eliminação da pobreza à criação de emprego, passando pela crise de refugiados e a busca de prosperidade para todas as nações.

O Papa Francisco é destacado como uma figura que “tem abordado com regularidade” estas questões, “apontando para a crescente desigualdade” e “criticando a ditadura de uma economia impessoal e desprovida de um objectivo verdadeiramente humano”.

A Time recorda um discurso que o Papa argentino fez na Bolívia, no último ano, em que frisou que “trabalhar pela distribuição justa dos bens da terra e do trabalho humano não é mera filantropia” mas sim “uma obrigação moral”.

 

Violência

O Papa rejeitou as visões religiosas que usam o «nome» de Deus para justificar a violência e convidou os católicos a «transformar o mundo», inspirados pela sua fé.

Perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, para a audiência pública semanal, Francisco alertou para os que «reduzem Deus a um falso ídolo» e «usam o seu santo nome para justificar os próprios interesses, até mesmo o ódio e a violência».

A intervenção sublinhou a importância de distinguir as «imagens de Deus» construídas por alguns da sua «real presença» na humanidade.

O Papa observou que algumas pessoas desenvolvem uma fé que «reduz Deus ao espaço limitado dos próprios desejos e das próprias convicções».

«Mas esta fé não é conversão ao Senhor que se revela; pelo contrário, impede o Senhor de provocar a nossa vida e a nossa consciência», advertiu.

Para outros, prosseguiu, Deus é um «refúgio psicológico» no qual encontram segurança nos momentos difíceis.

«Trata-se de uma fé dobrada sobre si mesma, impermeável à força do amor misericordioso de Jesus que conduz em direcção aos irmãos», precisou.

«Outros ainda consideram Cristo somente como um bom mestre de ensinamentos éticos, um entre tantos outros na história. Finalmente, há quem sufoque a fé numa relação puramente intimista com Jesus, anulando assim o seu impulso missionário, capaz de transformar o mundo e a história», acrescentou.

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