Uma solução para a Paz no Mundo

Comunhão plena entre católicos e ortodoxos.

O último dia da viagem do Papa Francisco à Turquia começou com a Divina Liturgia na Igreja Patriarcal de São Jorge, na memória do Apóstolo Santo André, irmão de São Pedro, patrono do Patriarcado Ecuménico. Durante a celebração e perante o Patriarca de Constantinopla, Bartolomeu I, o Papa condenou o «pecado gravíssimo» da guerra, lembrando as vítimas da «guerra atroz e desumana» nos países vizinhos, e a importância de um caminho de comunhão plena entre católicos e ortodoxos que favoreça a paz.

«A voz das vítimas dos conflitos impele-nos a avançar apressadamente no caminho de reconciliação e comunhão entre católicos e ortodoxos», sublinhou, depois de ter adiantado que católicos e ortodoxos se encontram a «caminho para a plena comunhão», após 960 anos de separação.

A este respeito, o Pontífice disse ainda que «há sinais eloquentes» de uma unidade «real, embora ainda parcial». Francisco referiu que a «Igreja Católica não tem intenção de impor qualquer exigência, excepto a da profissão da fé comum».

Enquanto líder da Igreja Católica, Francisco garantiu que está disposto a encontrar, «à luz do ensinamento da Escritura e da experiência do primeiro milénio, as modalidades pelas quais garantir a necessária unidade nas circunstâncias actuais».

Em seu entender, católicos e ortodoxos têm de estar juntos para superar as «causas estruturais da pobreza, desigualdade, falta de um trabalho digno, de terra e de casa, a negação dos direitos sociais e laborais», entre tantos outros males que afligem o mundo.

O Papa aproveitou para elogiar o «riquíssimo património das Igrejas do oriente», observando que o restabelecimento da plena comunhão «não significa submissão de um ao outro nem absorção, mas sim acolhimento de todos os dons que Deus deu a cada um».

O discurso do Patriarca Ecuménico realçou, por sua vez, os desafios levantados às Igrejas cristãs pelas guerras, «muitas vezes até em nome de Deus», da distribuição injusta dos recursos e da crise ecológica. No final da Divina Liturgia, teve lugar uma bênção ecuménica e a assinatura de uma Declaração Conjunta.

Elisabete Carvalho

In Mensageiro do Coração de Jesus

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