Angola e Vaticano: novo acordo em vigor
O Vaticano anunciou em comunicado a entrada em vigor do Acordo-Quadro entre a Santa Sé e a República de Angola, assinado em Setembro deste ano.
“O Acordo-Quadro, que entrou hoje [21 de Novembro] em vigor nos termos do seu artigo 25º, garante à Igreja Católica a possibilidade de desempenhar a sua missão em Angola. Em particular, é reconhecida a personalidade jurídica da Igreja Católica e das suas Instituições”, refere a nota.
Segundo aSanta Sé, as duas partes, “salvaguardando a sua própria independência e autonomia, comprometem-se a cooperar para o bem-estar espiritual e material do homem e a favor do bem comum, respeitando simultaneamente a dignidade e os direitos da pessoa humana”.
A 12 de Novembro, o Papa recebeu o Presidente angolano, João Lourenço, em audiência privada, com “especial atenção aos esforços que visam favorecer o desenvolvimento e a manutenção da paz social”.
“Durante as cordiais conversações, nas quais foram enfatizadas as boas relações entre a Santa Sé e Angola e a apreciada contribuição da Igreja Católica em muitos sectores da sociedade, foi dada especial atenção a alguns aspectos do acordo bilateral assinado no Vaticano, a 13 de Setembro passado”, indicou a Santa Sé.
ISRAEL/PALESTINA
Entretanto, o Vaticano reafirmou há dias o seu apoio à solução de dois Estados para o conflito entre Israel e a Palestina, comunicado que surgiu após a mudança de posição política dos Estados Unidos sobre os colonatos israelitas.
“Diante de decisões recentes que ameaçam minar ainda mais o processo de paz entre israelitas e palestinos e a já frágil estabilidade regional, a Santa Sé reitera sua posição na solução de dois Estados para dois povos, como a única maneira de alcançar uma solução definitiva para este conflito de longa data”, assinala a nota oficial.
A Santa Sé manifesta o seu apoio ao “direito do Estado de Israel de viver em paz e segurança dentro das fronteiras reconhecidas pela comunidade internacional”, realçando que “o mesmo direito pertence ao povo palestino e deve ser reconhecido, respeitado e aplicado”.
O Vaticano espera que as duas partes, “negociando directamente entre si, com o apoio da comunidade internacional e em conformidade com as resoluções das Nações Unidas”, cheguem a um “compromisso justo que leve em consideração as aspirações legítimas dos dois povos”.
A Administração norte-americana anunciou na segunda-feira que os Estados Unidos deixam de considerar os colonatos israelitas na Cisjordânia como “contrários ao direito internacional”, abandonando a posição que defendia desde 1978.
In ECCLESIA