A brincar aprendemos o que Deus diz na Bíblia
O CLARIM falou com o croata Robert Rukavina, em Medjugorje, na Bósnia-Herzegovina, sobre o jogo que criou, intitulado “Uma Viagem com Maria, Mãe de Jesus”. Ouvimos como nasceu a ideia, as intenções e o conceito por detrás do jogo, enfim, como tudo começou.
«A Virgem Maria disse numa mensagem em Medjugorje: “Quando estamos em família, devemos rezar em família. Quando estamos juntos, devemos ler a Bíblia”», foi o primeiro pensamento de Robert Rukavina.
Da sua experiência em criança, quando estava com a família, rezava todos os dias e percebeu que as crianças aprendem o que lêem na Bíblia com muita facilidade. Começou então a pensar como poderia, de uma forma simples, incentivar as crianças a lerem a Bíblia. «Naquela época já tinha oito filhos; sem filhos nunca teria pensado neste jogo» disse.
Lembra-se que estava a fazer uma novena a São José e enquanto guiava o carro pensava em todos os lugares onde a Virgem Maria tinha estado. «Pensei em Nazaré; depois de Nazaré, Nossa Senhora foi para Belém; depois com São José, fugiu para o Egipto», e logo percebeu que não conhecia todos os lugares onde a Virgem Maria tinha estado.
De regresso a casa, começou a ler o Novo Testamento e a ver todos os lugares onde a Virgem Maria tinha estado, e então interrogou-se: «Onde pretende a Mãe Santíssima levar-nos a todos? Claro, ao Paraíso!». De imediato, percebeu que este pensamento seria a ideia do jogo.
Colocou no tabuleiro todos os lugares onde a Virgem Maria tinha estado e os quatro lugares mais conhecidos onde a Mãe Santíssima apareceu: Guadalupe, Lourdes, Fátima e Medjugorje. Depois de Medjugorje, a Mãe Santíssima quer levar-nos ao Paraíso. Adicionou questões do Antigo Testamento, do Novo Testamento, perguntas surpresa e mensagens espirituais.
Em momentos de inspiração surgiram-lhe ideias como esta que nos revelou: «Veio-me à mente estas palavras de Jesus: “Muitos dos primeiros serão os últimos, e muitos dos últimos serão os primeiros” (Mt., 19:30). Então coloquei esta ideia no jogo: aqueles que chegarem primeiro ao Paraíso vão ajudar o que está em último no jogo». Quando se chega ao Paraíso obtém-se talentos. Com esta ideia Robert quis que o último a chegar ao Paraíso pudesse ter a oportunidade de obter mais talentos, e assim ainda conseguir ganhar o jogo.
«Mas não é importante quem vence», referiu com um sorriso, «o mais importante é ajudarem-se uns aos outros».
A ideia surgiu em 2012 e em três meses o jogo estava terminado. Robert organiza peregrinações e um bom amigo ajudou-o com o design gráfico. Deseja que o jogo possa ir o mais longe possível, pois «é importante para as famílias, para as tirar da frente da televisão, da Internet». Pretende juntar as pessoas, sentá-las à mesa, «que joguem com alegria, que cantem, rezem e principalmente que conheçam Deus».
A concluir, acrescentou: «As regras do jogo são interessantes. As crianças devem cantar ou rezar entre si. Queria dizer um pouco mais, mas é difícil para mim expressar-me em Inglês; mas é um jogo muito bom. A melhor maneira de ir a Jesus é colocarmo-nos nas mãos da Mãe Santíssima. Com este jogo aprendemos o que Deus nos diz na Bíblia. Descobrimos que a Mãe Santíssima é uma “porta” para a nossa Salvação e que devemos ajudar os nossos irmãos e irmãs a obtê-la».
Miguel Augusto
Legenda: Robert Rukavina e família na caixa do jogo.