Reflexão

Generosidade

A generosidade é a virtude das almas grandes, que sabem retribuir dando: “Dai de graça o que de graça recebestes”.

O generoso sabe dar carinho, compreensão, ajudas materiais e não exige em troca que lhe queiram bem, que o compreendam e o ajudem ou lhe retribuam.

Dá e esquece que deu, sendo essa a sua riqueza, pois compreende que é melhor dar do que receber.

Longe de ser uma inclinação instintiva, a generosidade e o amor são uma decisão consciente da nossa vontade, de sair de nós e ir em direcção aos outros.

A generosidade implica também o desprendimento de todas as coisas e, sobretudo, de nós mesmos. Este desfazer do nosso eu é fonte de equilíbrio e também o segredo da felicidade.

Quem dá dilata o seu coração, torna-se mais jovem, com maior capacidade de amar. O egoísmo empobrece, reduz horizontes, mas quanto mais damos mais nos enriquecemos.

Também é próprio da generosidade saber esquecer prontamente as pequenas ofensas que se podem originar no convívio diário, sorrir e tornar a vida mais amável aos outros, ainda que se esteja a passar por um mau momento. Julgá-los com uma medida ampla e compreensiva, aceitá-los tal como são, sem reparar excessivamente nos seus defeitos, fazer um pequeno elogio, por vezes, pode propiciar um grande bem. Dar um tom positivo às conversas e evitar críticas negativas que normalmente são sempre inúteis, se não mesmo injustas, procurando sempre, confiada e alegremente, abrir horizontes humanos e sobrenaturais aos nossos amigos, colegas e familiares.

Todos os dias temos um tesouro de generosidade para distribuir. Se não o damos perdemo-lo e foi um desperdício de tempo que jamais poderemos recuperar.

Numa época marcada pelo individualismo e egoísmo, ousar praticar a generosidade é, sem sombra de dúvida, uma atitude radical que não deixará de produzir frutos com o rolar dos tempos.

Atiremos a primeira pedra de generosidade no “charco” da indiferença e constataremos como ela produzirá uma ondinha, e mais outra e outra ainda…

Seja radical, pratique a generosidade firme na sua atitude, não cesse de a provocar contagiando com a sua coragem, na certeza de que vale a pena mudar o mundo, mas que tem de ser sempre a partir de nós, da nossa convicção, da nossa atitude e do nosso exemplo e da nossa persistência.

Lute para que todos os anos sejam os melhores anos da sua vida, não obstante as vozes que insistem em reduzi-lo a um pessimismo infinitamente bloqueador, cinzento e ausente de esperança, sem alguma réstia de azul.

Susana Mexia 

Professora

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