Catedral maronita de Aleppo reabre ao culto
A catedral maronita de Aleppo reabriu na última segunda-feira ao culto, depois de ter sido atingida por três vezes com mísseis, entre 2012 e 2016, durante a guerra na Síria.
A reconstrução contou com o apoio da fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), que assinala o “significado muito forte para a comunidade cristã nesta cidade e em toda a Síria” desta reabertura.
«É sinal de que ainda estamos neste país», disse D. Joseph Tobji, arcebispo maronita de Aleppo, em declarações à Fundação AIS.
O responsável sublinhou que os cristãos querem permanecer na região e que a presença da comunidade deve ser entendida como «missão».
O presidente executivo internacional da Fundação AIS enviou uma mensagem para Aleppo, considerando «um milagre» ver a Catedral de Santo Elias recuperar o seu antigo esplendor.
“O ano de 2013 revelar-se-ia particularmente dramático, quando grupos jihadistas invadiram o bairro onde a catedral está edificada e tentaram erradicar da zona todos os sinais do Cristianismo. Durante estes anos, as ruínas do templo foram como que a legenda da situação de violência e de perseguição que a comunidade cristã tem sofrido na Síria”, refere o comunicado da AIS enviado à Agência ECCLESIA.
PERSEGUIÇÃO À MINORIA YAZIDI
O Vaticano divulgou na terça-feira um vídeo dedicado ao próximo Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, em que alerta para a perseguição da minoria religiosa yazidi, da Síria e do Iraque.
“A violência vai apenas gerar mais violência”, afirma no seu testemunho Sarah Hassan, de Sinjar, no Norte do Iraque, perto da fronteira com o Curdistão sírio.
A deslocada fala da experiência de fazer parte da minoria religiosa, que vive numa área disputada, sublinhando que, quando tiveram de fugir para o Curdistão, os cristãos abriram as igrejas e os muçulmanos as mesquitas para os acolher. “Enquanto yazidis, ainda temos medo, sentimos medo neste momento”, confessa.
Com o tema “Forçados, como Jesus Cristo, a fugir”, o Papa convida este ano todos os católicos a conhecer mais profundamente a realidade das pessoas deslocadas internamente, tendo em vista o 106.º Dia Mundial do Migrante e Refugiado, a 27 de Setembro.
Todos os meses, um novo vídeo aprofunda os vários temas propostos na reflexão de Francisco; em Julho, a proposta é “Escutar para reconciliar-se”.
In ECCLESIA