Militantes islâmicos matam 28 cristãos
Vinte e oito cristãos foram assassinados no Quénia, quando viajavam num autocarro com 60 passageiros, no nordeste do País, que foi interceptado por militantes islâmicos do grupo Al-Shabaab.
«Os mujahedin concluíram com sucesso uma operação junto a Mandera, neste sábado [22 de Novembro], que resultou na morte de 28 cruzados», disse o porta-voz das milícias radicais islamitas da Somália, Al-Shabaab, com ligações à Al-Qaeda, divulgou a agência Reuters.
Por seu lado, a televisão inglesa BBC informou, segundo um dos sobreviventes, que os militantes islâmicos separaram os somalis dos quenianos e obrigaram-nos a «recitar alguns versículos do Corão».
«Aos que não conseguiram fazê-lo, mandaram-nos deitar no chão e foram alvejados à queima-roupa», contou Ahmed Mahat sobre o assassinato de 19 homens e nove mulheres.
O autocarro tinha como destino a capital do Quénia, Nairobi, quando foi desviado a 50 quilómetros da cidade de Mandera, uma cidade fronteiriça com a Somália, de onde o grupo islâmico é original.
Este atentado terrorista, segundo o grupo Al-Shabaab, foi uma retaliação pelas operações militares quenianas contra os militantes que operam na Somália, em concreto sobre quatro mesquitas na costa do Quénia, no início da semana.
A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre contextualiza que, em Junho de 2014, houve um ataque à aldeia de Mpeketoni, «cuja população é maioritariamente cristã», que causou cerca de «meia centena de mortos».
«Os guerrilheiros atacaram dois hotéis e pararam os automóveis e os peões que passavam, perguntando-lhes se eram muçulmanos ou cristãos. Se fossem cristãos, eram mortos», disse na altura D. Emanuel Barbara, em declarações à agência Fides.
O grupo islâmico Al-Shabaab reivindicou o ataque ao centro comercial Westgate em Nairobi, onde morreram 67 pessoas, em Setembro de 2013.
In ECCLESIA