Igreja quer prevenir escalada de violência
O arcebispo de Nairobi e líder da Igreja Católica do Quénia, D. John Njue, está empenhado em evitar uma escalada de violência no País, na sequência do massacre de 150 estudantes cristãos às mãos de extremistas islâmicos.
Em entrevista à Rádio Vaticano, o cardeal queniano classifica as mortes do dia 2 de Abril como «extremamente dolorosas», mas salienta que a Igreja Católica no País «está a fazer tudo o que pode para promover um clima de calma e reconciliação».
O arcebispo de Nairobi espera que cristãos e muçulmanos possam «sentar-se à mesa e debater a origem do sucedido, para garantirem que tal tragédia nunca mais volte a acontecer e prevenir qualquer tipo de confronto entre as duas comunidades».
«Rezo e espero que os nossos jovens possam ser bem acompanhados e que nunca se transformem em instrumentos de destruição», frisou D. John Njue.
Cristãos perseguidos
O prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos (Santa Sé) terminou a visita ao Iraque onde foi mensageiro da solidariedade do Papa às pessoas atingidas pela violência do autoproclamado Estado Islâmico.
«Uma verdadeira peregrinação entre os cristãos perseguidos; uma peregrinação que me fez um grande bem espiritual», foi desta forma que o cardeal D. Fernando Filoni definiu a viagem ao Iraque.
O responsável levou ajuda concreta do Papa Francisco para as famílias cristãs e a outros grupos perseguidos pelos jihadistas no Iraque.
Segundo o jornal L’Osservatore Romano, a vigília pascal numa tenda, em Arbil, e a Missa de Páscoa, em Sulejmanija, foram as últimas etapas da visita do prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos.
Na Eucaristia de Páscoa, o cardeal italiano deu ânimo a mais de quatrocentas famílias que encontram refúgio em Sulejmanija.
«Numa atmosfera bastante tranquila, graças também ao esforço no acolhimento garantido pelas autoridades locais, os desalojados podem até cultivar a esperança de voltar em breve para as suas aldeias», acrescenta o jornal do Vaticano.
A vigília pascal foi celebrada numa «tenda enorme» no bairro 109, da capital do Curdistão iraquiano, em Arbil.
«Mais de cinquenta mil cristãos» estiveram na vigília onde D. Fernando Filoni concelebrou com o patriarca de Babilónia dos Caldeus, D. Louis Sako, e com o arcebispo de Arbil dos Caldeus, D. Bashar Warda.
D. Fernando Filoni já tinha estado no Iraque em Agosto de 2014.