XIV ENCONTRO DOS BISPOS DOS PAÍSES LUSÓFONOS DECORREU NA GUINÉ-BISSAU

Prelados firmam “Compromisso pela Paz, pela Fraternidade Humana e a Vida”

XIV ENCONTRO DOS BISPOS DOS PAÍSES LUSÓFONOS DECORREU NA GUINÉ-BISSAU

Os participantes no XIV Encontro dos Bispos dos Países Lusófonos, que terminou terça-feira em Bissau, firmaram um “Compromisso pela Paz, pela Fraternidade Humana e a Vida em Comum no Espaço Lusófono”, a concretizar no diálogo e em “acções conjuntas”.

O documento, enviado à Agência ECCLESIA, refere que o compromisso é manifestação da “vontade de continuar a aprofundar a reflexão e o diálogo e a desenvolver parcerias e acções conjuntas nos países lusófonos”.

O texto foi lido no final da Missa de Domingo do Encontro dos Países Lusófonos, na catedral de Bissau, e convida “outros grupos religiosos, cristãos e muçulmanos” a “melhorar o seu envolvimento uns com os outros, começando na reflexão sobre valores compartilhados, desenvolvendo confiança, partilhando preocupações comuns e aprofundando o diálogo nas suas múltiplas possibilidades em conteúdo e forma”.

Num país onde “o diálogo ecuménico e inter-religioso tem uma grande relevância no dia-a-dia das pessoas e das comunidades”, os participantes no encontro sugerem que as diferentes religiões se envolvam no “diálogo de oração e espiritualidade, diálogo de justiça social, ecologia integral e direitos humanos, diálogo de convivência na hospitalidade mútua”.

O XIV Encontro dos Bispos dos Países Lusófonos, que decorreu na Guiné-Bissau entre os dias 16 e 21 de Janeiro, teve por tema “Diálogo inter-religioso na construção da paz e no desenvolvimento dos países lusófonos”.

De acordo com o texto do compromisso, participaram neste encontro bispos de Angola, Brasil, Guiné-Bissau, Portugal e São Tomé e Príncipe.

O documento lembra o “tempo de grande crise”, na actualidade, marcado pela “ameaça à família, a relativização dos valores e as alterações climáticas que ameaçam a sobrevivência da família humana”.

“Face à crise, todos buscamos um sentido de vida; muitos recorrem à fé para encontrar sinais concretos de esperança”, refere o texto, acrescentando que “milhões de pessoas, e muito particularmente os jovens, põem os seus olhos nos líderes religiosos”, procurando “sinais, ideias e acções que façam a diferença”.

Os bispos lusófonos indicam que “o diálogo, a compreensão e a promoção de uma cultura de tolerância e aceitação dos outros e de convivência pacífica” ajudam a “reduzir muitos problemas económicos, sociais, políticos e ambientais”.

“A paz é dom de Deus e construção fraterna. Assim, com fé e confiança em Deus, juntos vamos construir a paz na fraternidade e na solidariedade, na convivência e na reconciliação, na justiça e na esperança”, conclui o documento.

In ECCLESIA

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