Jorge Mario Bergoglio nasceu em Buenos Aires, capital da Argentina, a 17 de Dezembro de 1936. Filho de emigrantes italianos, trabalhou como técnico químico antes de abraçar o Sacerdócio, no seio da Companhia de Jesus, licenciando-se em Filosofia e Teologia.
Ordenado padre a 13 de Dezembro de 1969, foi responsável pela formação de novos jesuítas e depois provincial dos religiosos na Argentina (1973-1979).
João Paulo II nomeou-o bispo auxiliar de Buenos Aires em 1992 e foi ordenado bispo a 27 de Junho desse ano, assumindo a liderança da arquidiocese argentina a 28 de Fevereiro de 1998, após a morte do cardeal D. Antonio Quarracino.
D. Jorge Mario Bergolgio seria criado cardeal pelo Papa polaco a 21 de Fevereiro de 2001, ano no qual foi relator da 10.ª Assembleia do Sínodo dos Bispos.
O cardeal de Buenos Aires foi eleito como sucessor de Bento XVI a 13 de Março de 2013, após a renúncia do Pontífice alemão, assumindo o inédito nome de Francisco; foi também o primeiro Papa jesuíta e o primeiro sul-americano na História da Igreja.
São Gregório III, da Síria, que liderou a Igreja Católica entre 731 e 741, havia sido o último Papa não-europeu, antes da eleição de Francisco.
O falecido Papa tinha como lema Miserando atque eligendo, frase que evoca uma passagem do Evangelho segundo São Mateus: «Olhou-o com misericórdia e escolheu-o».
Francisco fez 47 viagens internacionais, tendo visitado 67 países. Dentro de Itália, realizou mais de trinta visitas a várias localidades, incluindo uma passagem pela ilha de Lampedusa, primeira viagem do Pontificado, e cinco deslocações a Assis.
Entre os principais documentos por ele chancelados estão as encíclicas Dilexit nos (2024), Fratelli tutti (2020), Laudato si’ (2015) e Lumen fidei (2013); as exortações apostólicas Evangelii gaudium (2013) e Amoris laetitia (2016); e ainda o documento sobre a “Fraternidade Humana em prol da Paz Mundial e da convivência comum”, assinado pelo Papa Francisco e o grão-imã de Al-Azhar, Ahamad al-Tayyi, na cidade de Abu Dhabi, em 2019.
A reforma dos organismos centrais de governo da Igreja Católica foi concretizada através da Constituição Apostólica Praedicate Evangelium, de 2022.
Francisco convocou cinco assembleias do Sínodo, dedicadas à sinodalidade (em 2023 e 2024), à Amazónia (2019), aos jovens (2018) e à família (em 2015 e 2014), além de uma cimeira global sobre o combate e prevenção aos abusos sexuais (2019).
Durante o seu ministério foram proclamados mais de novecentos santos e santas, número em que está incluído um grupo de 805 mártires, mortos em Otranto (Itália).
Francisco convocou dez Consistórios, nos quais criou 163 cardeais; e dois Jubileus (2016, Ano Santo Extraordinário, dedicado à Misericórdia; e 2025, o Ano Santo ordinário actualmente em curso, dedicado à Esperança). Criou, entre outros, o Dia Mundial dos Pobres, o Domingo da Palavra de Deus e o Dia Mundial dos Avós e dos Idosos.
Francisco foi o sexto Pontífice mais velho da História da Igreja a sentar-se na Cátedra de Pedro, atrás de Lúcio III (nascido em 1097), Celestino III (n. 1106), Gregório XVII (n. 1325), Leão XIII (n. 1810) e Bento XVI (n. 1927).
Fonte: Agência Ecclesia