«A guerra nunca é necessária nem inevitável»
O Papa Francisco enviou uma mensagem aos líderes religiosos reunidos num encontro pela paz em Antuérpia, Bélgica, na qual afirma que há sempre «alternativa» à guerra.
«A guerra nunca é necessária nem inevitável. É sempre possível encontrar uma alternativa: é o caminho do diálogo, do encontro e da sincera busca da verdade», refere um texto divulgado pela Santa Sé.
A mensagem foi lida no passado Domingo, durante a cerimónia de abertura do 28.º encontro inter-religioso promovido pela comunidade católica de Santo Egídio, que tem como tema “A paz é o futuro: religiões e culturas 100 anos depois da I Guerra Mundial”.
«Este aniversário ensina-nos que a guerra nunca é um meio satisfatório para reparar as injustiças. Pelo contrário, a guerra arrasta as pessoas numa espiral de violência que depois se torna incontrolável, destrói o trabalho de gerações e abre o caminho para injustiças e conflitos ainda piores», advertiu o Papa.
Francisco citou Bento XV, pontífice que enfrentou a primeira Grande Guerra, para quem qualquer conflito militar era «um massacre inútil».
O Papa argentino fala das guerras que hoje «destroem» a vida de jovens e idosos, «envenenam» a convivência entre grupos étnicos e religiosos, forçando comunidades inteiras ao exílio.
«É claro que, juntamente com todos os homens e mulheres de boa vontade, não podemos ficar passivos diante de tanto sofrimento, tantos “massacres inúteis”», refere.
Segundo o Papa, os líderes religiosos são chamados a ser «homens e mulheres de paz», capazes de «promover uma cultura do encontro quando outras opções falham ou vacilam».
«Devemos ser pacificadores e as nossas comunidades devem ser escolas de respeito e de diálogo com as de outros grupos étnicos ou religiosos», acrescenta.
Francisco diz que «chegou o tempo» em que os responsáveis de todas as religiões «cooperem com eficácia na obra de curar as feridas, resolver os conflitos e procurar a paz».
In ECCLESIA