«Estou pronto para ir à China» Francisco
«Estou pronto para ir à China», disse o Papa Francisco durante o voo de ida para o Cazaquistão, na passada terça-feira.
À pergunta do jornalista do jornal católico francêsLa Croix, Loup Besmond, sobre a possibilidade de um encontro entre o Papa e o Presidente chinês,Xi Jinping, Francisco respondeu que não tinha novidades sobre o assunto, mas disse estar «pronto»para ir à China.
O Presidente chinês e o Papa Francisco estiveram na quarta-feira no Cazaquistão, a fim de cumprirem dois programas distintos. O Santo Padre participou no VII Congresso dos Líderes das Religiões Mundiais e Tradicionais; e o líder chinês fez uma escala de poucas horas em território cazaque, na viagem que o levou ao Uzbequistão para a cimeira da Organização de Cooperação de Xangai.
Durante terça e quarta-feira especulou-se muito sobre a possibilidade de Francisco e Xi Jinping se encontrarem no Cazaquistão, mas ainda não foi desta vez que este antigo anseio da comunidade católica chinesa foi satisfeito por parte da Santa Sé e de Pequim.
NÃO HÁ XI, HÁ PUTIN
Não foi um encontro entre o Papa e o Presidente russo, mas andou lá perto. Franciscoencontrou-se na quarta-feira (dia em que Xi Jinping esteve no Cazaquistão) com o responsável pelo Departamento das Relações Externas do Patriarcado de Moscovo (Igreja Ortodoxa), metropolitaAntónio de Volokolamsk.
Recorde-se que este mesmo encontro deveria ter servido para o Pontífice se encontrar com o Patriarca de Moscovo, Cirilo I, mas este cancelou a sua participação no VII Congresso dos Líderes das Religiões Mundiais e Tradicionais, devido a razões que se prendem essencialmente com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
Já areunião privada entre o Papa e António de Volokolamskdecorreu após a abertura doreferidocongresso, tendo durado cerca de quinzeminutos.
No final da reunião, o metropolita disse esperar que o encontro entre Francisco e o Patriarca Cirilo se possa vir a concretizar. «Teremos de ver quando, onde e, sobretudo, ter uma declaração, um apelo bem preparado para o fim do encontro, tal como aconteceu em Havana [em 2016], no primeiro encontro que tiveram», observou, numa intervenção citada pela Rádio Renascença, acrescentando que «o segundo encontro estava a ser preparado para Jerusalém, mas depois foi adiado».
O “número 2” do Patriarcado de Moscovo considera que «o encontro entre o Papa e o Patriarca [Cirilo]é uma coisa muito importante, por isso terá de ser bem preparado». «Nós estávamos prontos para este encontro, mas foi cancelado pela Santa Sé. No entanto, no nosso encontro de [5 de]Agosto, quando fui a Roma, e agora, o Papa confirmou ser necessário haver outro encontro. Teremos de ver quando e como, mas não discutimos os detalhes», precisou.
J.M.E. com agências