Opinião

Renascer das cinzas

Uma família portuguesa de Macau passou por uma situação de grande aflição na madrugada do passado dia 10 de Janeiro, devido a um incêndio que destruiu o apartamento onde habitava, no edifício Cattleya do complexo residencial Ocean Gardens.

Os pertences, sonhos, esperanças e esforços deste casal terão sido levados pelas labaredas das chamas, mas apesar de toda a tragédia, que se lamenta, está o facto de poder refazer a vida sem nada de mais grave ter ocorrido (infelizmente houve um gato que não resistiu à inalação dos fumos).

O casal passa agora por dificuldades financeiras para reparar o apartamento e comprar novas mobílias e electrodomésticos, pois a senhoria não quer accionar o seguro, ascendendo os estragos às duzentas mil patacas.

É nestes momentos em que todos nós devemos “olhar para o próximo e estender-lhe a mão”, até porque não gostaríamos que nos acontecesse o mesmo. Apelo, não só à comunidade portuguesa, mas a todas as outras que tenham conhecimento desta tragédia, para fazerem os seus donativos na conta 9014444997, do Banco Nacional Ultramarino, numa campanha de angariação de fundos efectuada por amigos do casal através da Casa de Portugal em Macau.

Uma última nota: independentemente do fogo ter sido causado por um problema numa tomada eléctrica da sala (versão do casal) ou de um router (versão dos bombeiros), quantas pessoas em Macau não arrendam habitações com deficiências relacionadas com a instalação eléctrica, com a canalização ou a pintura das paredes, tendo que engolir em seco todos estes encargos por imposição dos senhorios, porque é melhor assim do que não terem um tecto onde morar? O grande problema é que muitas vezes estas deficiências existem, mas estão “camufladas” aquando da assinatura dos contratos de arrendamento….

Pedro Daniel Oliveira

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